Após uma campanha eleitoral ambientada, majoritariamente, nas mídias digitais e pautada em uma retórica populista de direita, Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República do Brasil em janeiro de 2019. Enquanto chefe do Executivo Federal, Bolsonaro tem adotado uma estratégia governista que aposta na tomada de decisão por meio de decretos presidenciais e em um diálogo com seus apoiadores por meio das mídias digitais. Com base nesse cenário, o presente estudo parte da hipótese que o governo Bolsonaro usa as plataformas digitais como “termômetro” do processo de tomada de decisão. Para tanto, usamos como estratégia metodológica, a análise de sentimento em redes sociais para medir a opinião pública em torno dos decretos com maior repercussão nos primeiros seis meses de governo. Concluímos que, quanto maior a repercussão nas redes sociais e quanto maior a polarização no meio social, maior será a atenção dada pelo governo àquele assunto.
Este artigo tem como objetivo identificar as finalidades para as quais partidos e candidatos usam as redes sociais como ferramenta de campanha política e quais as principais estratégias persuasivas usadas por eles. Para alcançar tal objetivo, foram analisadas as páginas oficiais dos candidatos Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) no Facebook durante a corrida presidencial de 2014. Partiu-se da hipótese de que os candidatos usaram as redes sociais como extensão das campanhas na TV e no rádio para promoverem a campanha e suas imagens pessoais. Por meio de análise de conteúdo analisou-se o conteúdo postado entre 06 de julho e 26 de outubro de 2014. Os resultados apontam que os candidatos usam as redes como instrumento de autopromoção.
A participação política é um dos pilares da democracia e, ao longo das décadas, a Ciência Política tem discutido como aumentar a inclusão dos cidadãos no processo político, especialmente uma inclusão qualificada, com base no diálogo e na informação. A emergência da Internet e das redes sociais tem, nesse contexto, se tornado um mecanismo popular de participação. O “ativismo digital”, todavia, assume características diversas, o que o torna um novo quebra-cabeças a ser decifrado pelos estudiosos. A participação digital seria uma participação “qualificada”? Essa pesquisa contribui na resposta dessa pergunta. Com base nos dados do Barômetro das Américas de 2018, criamos um indicador de intensidade do ativismo digital no Brasil. Em seguida, testamos os determinantes desse ativismo e seus efeitos sobre os valores sociais e democráticos dos brasileiros. Os resultados indicam que o ativismo digital não tem qualquer relação significativa com o apoio à democracia nem a tolerância às minorias, porém mantém uma relação negativa com a tolerância aos que pensam politicamente diferente.
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