ASSUNTOS GERAIS INTRODUÇÃOA classificação periódica dos elementos é, sem dúvida, uma das maiores e mais valiosas generalizações científicas. Concretizada na segunda metade da década de 60 do século 19, desde então muito serviu como guia de pesquisas em Química e, aos poucos, se tornou um valioso instrumento didático no ensino da Química. Este artigo visa relatar os antecedentes, o surgimento e as atualizações/modernizações da classificação periódica dos elementos, bem como as recentes especulações sobre elementos super-pesados ainda a serem sintetizados. Ao longo do artigo, também são relatadas algumas das descobertas de elementos químicos, bem como discussões sobre as suas adequadas classificações periódicas. Esboça-se a ciência modernaÀ medida que o desenvolvimento cultural da humanidade foi se processando, o homem passou a ter à sua disposição uma maior diversidade de materiais. O "impulso classificatório" do homem sempre esteve atuante, ordenando estes materiais de acordo com os mais diversos critérios. Entretanto, estes crité-rios de classificação variaram nos diferentes locais e no decorrer do tempo.Nos séculos 17 a 19, ocorreu, na Europa, um extraordinário impulso no desenvolvimento das Ciências. Além da marcante obra de Newton, outras obras notáveis surgiram nesse período: Um terço desse livro de 300 páginas é um dicionário que permite que o leitor relacione os novos nomes propostos com os comumente utilizados até então; por exemplo, "óleo de vitriol" se torna "ácido sulfúrico" e "flores de zinco" se torna "óxido de zinco". A nomenclatura proposta por esses químicos franceses sobrevive, em grande parte, até os dias atuais.Em seu livro Traité Élémentaire de Chimie, Lavoisier se referia aos elementos químicos como "princípio", "elemento", "substância simples" e "corpo simples". Na Figura 1 encontrase uma reprodução da tabela de substâncias simples publicada na página 192 desse livro, na qual as substâncias simples são classificadas em quatro grupos:• Substâncias simples que pertencem aos três reinos e que são consideradas como os elementos dos corpos: calórico, oxigênio, azoto e hidrogênio.• Substâncias simples não-metálicas oxidáveis e acidificáveis: enxofre, fósforo, carbono, radical muriático, radical fluórico e radical borácico.• Substâncias simples metálicas, oxidáveis e acidificáveis:antimônio , arsênio, prata, bismuto, cobalto, cobre, estanho, ferro, manganês, mercúrio, molibdênio, níquel, ouro, platina, chumbo, tungstênio e zinco.• Substâncias simples salificáveis e terrosas: cal, magnésia, barita, alumina e sílica.O conceito atual de elemento químico evoluiu a partir de Lavoisier (Boyle, de certa maneira, o precedeu). Entretanto, o que hoje se considera como elemento químico difere do entendimento existente até o final do século 18.Pode-se dizer que durante muitos anos, a Química vinha acumulando conhecimentos, faltando, porém, uma teoria geral que explicasse e sistematizasse a grande quantidade de observações relatadas, muitas das quais aparentemente contraditórias. Na segunda metade do século 1...
Recebido em 16/5/05; aceito em 9/3/06; publicado na web em 26/9/06 THE AMMONIA SYNTHESIS: SOME HISTORICAL ASPECTS. The ammonia synthesis from its elements plays an important role in the survival of humankind. A short historical development of discoveries of the nitrogen cycle, the nitrogen sources for agriculture and the ammonia synthesis (in laboratory and industry) are presented. Some brief aspects of nitrogen chemistry are described. Short biographies of Fritz Haber and Carl Bosch, the main persons in this epopee, are also presented. A muitos é lamentável este aumento de população. Certamente este é um pensamento estreito e egoísta, pois todo progresso humano decorre de sermos mais: mais cabeças para pensar, mais braços para trabalhar, mais desafios a vencer, mais corações amando (e também odiando, não podemos esquecer) e muito mais. Entretanto, às vezes, as pessoas que detêm o poder desvirtuam, esquecendo que é preciso harmonia com o próximo.Vamos, neste artigo, relatar de forma sucinta alguns episódios desta epopéia, tão importante, gloriosa e também uma parte do lado trágico a ela associada. Entretanto, para melhor compreendê-la é necessário traçar um breve histórico das descobertas que levaram ao conhecimento do ciclo do nitrogênio e sobre outras fontes desse elemento. O CICLO DO NITROGÊNIOOs estudos realizados com gases no século XVIII, geralmente denominados de Química Pneumática, levaram, independentemente, Joseph Priestley (1733-1804) e Jan Ingenhousz (1730-1799) a descreverem a fotosíntese das plantas verdes, retirando o "ar fixo" (o nosso dióxido de carbono) da atmosfera e produzindo "ar desflogisticado" (o nosso oxigênio) e o crescimento do vegetal. Os químicos franceses Louis Bernard G. de Morveau (1737-1816), Antoine L. Lavoisier (1743-1794), Claude-Louis Berthollet (1748-1822) e Antoine-François de Fourcroy (1755-1809) ao publicarem a nova nomenclatura química em 1787, denominaram o "ar mefítico" de azoto, que quer dizer "impróprio à vida". Já em 1790, Berthollet afirmava que todas as substâncias animais têm o elemento azoto e, neste mesmo ano, Jean Claude Chaptal (1756-1832) propunha o nome nitrogênio (gerador de nitro, o nosso nitrato de potássio), para este mesmo elemento. Em 1804, Nicholas T. Saussure (1767-1845) mostrou que as plantas não absorvem o nitrogênio atmosférico e todos os nutrientes são transportados pela água (inclusive o nitrogênio) e absorvidos pela raiz 1-3 .Na primeira metade do séc. XIX, havia grande interesse em se estabelecer o balanço material da nutrição de plantas e animais e, neste trabalho, destacaram-se Jean-Baptiste Boussingault (1802-1887) e Justus Liebig (1803-1873). O primeiro começou sua carreira como professor de química em diversos locais; depois de se casar passou a admistrar a fazenda de seu sogro e lá realizou suas experiências. Determinou o teor de N em muitos materiais orgânicos (tecidos vegetais e animais, fezes, esterco etc.), procurando realizar o balanço material. Boussingault chamou a atenção de que o valor nutritivo de um fertilizante é proporciona...
THE 200 YEARS OF THE ELECTRIC PILE. In celebration of the 200 th anniversary of the electric pile, invented by Alessandro Volta, a synopsis of his letter to The Royal Society (London) and of his biography is presented.
Thermochemistry of Dichlorobis(tripheny1phosphine oxide)-zinc(ii), -cadmium(ii), and -mercury(ii)
In this paper, an overview about philosophy of science, the concept of "theory" and some characteristics of a"good"theory (1-ordination and explanation of the facts, 2-proposal of problems, and 3-simplicity and funcionality) are initialy introduced. Following, some historical landmarks of acidity and basicity and a summary of the main acid-base theories of the XX century (Arrhenius, solvent systems, protonic, electronic, Lux, Usanovich and ionotropic) are presented. Historical and conceptual relations between these theories are discussed and the three characteristics of a "good" theory are applied. The results showed that the protonic and eletronic theories are the "best". Some discussion of the implications to chemical education are presented too.Keywords: acid-base theories; "good" theories; history and philosophy of chemistry. EDUCAÇÃO INTRODUÇÃOUma tendência atual, no ensino da Química, tem sido a de enfatizar aos estudantes os aspectos sociais, num amplo sentido, associados ao desenvolvimento e aplicações desta Ciência. E aqui se inclui obviamente a História da Química. Independentemente de qualquer crítica que se possa fazer a esta tendência, não tem havido uma boa compreensão da mesma, e quando há, nem sempre a prática corresponde à proposta. Há por parte dos professores uma grande dificuldade em se lidar com a História da Quí-mica, o que é compreensível, pois, como se costuma dizer: "História da Química é mais difícil que Química". Entretanto, parte da dificuldade é devido aos assuntos que são escolhidos, muitas vezes relacionados com o desenvolvimento dos aspectos relativos à estrutura nuclear e eletrônica dos átomos, temas mais complexos do ponto de vista histórico.Neste artigo pretende-se mostrar que há um outro tema histórico que pode ser apresentado aos estudantes sem grandes dificuldades: é o desenvolvimento das teorias ácido-base no século XX a . Além do lado histórico, é interessante que se discuta também alguns aspectos da disciplina denominada Filosofia da Ciência, que procura estudar as Ciências em seus aspectos filosóficos: lógico, epistemológico, estético, ético etc.. A Filosofia da Ciência procura também determinar se um dado conhecimento pode ser considerado científico ou não. Esta questão, que está longe de ser resolvida satisfatoriamente, é muito importante, face ao marcante impacto das ciências nas atividades humanas nos últimos duzentos anos. É comum ver na mídia expressões do tipo: "...foi cientificamente provado que o creme dental X combate as cáries..".. Da mesma forma como se apela aos recônditos desejos humanos do sexo, do poder etc., para se incrementar o consumo de alguma coisa, apela-se também para a Ciência, tendo em vista justamente sua importância adquirida nestes últimos tempos. Isto por si só já justifica o estudo da Filosofia da Ciência. Para se procurar uma caraterização da Ciência, a Filosofia utilizou (e utiliza) muito da História da Ciência, procurando analisar a produção do conhecimento tido como científico e verificar o que ele tem de comum e no que ele difere de ou...
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