Este trabalho relata a experiência de avaliação do acolhimento em saúde mental na cidade de São Paulo-SP, utilizando entrevistas com trabalhadores de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e duas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Objetivou entender o acolhimento, considerando a percepção dos trabalhadores e identificando o vínculo e a articulação da rede nesse processo. Utilizou-se como método a hermenêutica filosófica, para identificar que elementos participantes do processo de acolhimento poderiam ser destacados. Procedeu-se à análise das narrativas a partir de três linhas de argumentação: vínculo, acolhimento e articulação da rede - resultando em quatro categorias: sensação de ausência; mistura de modelos; primazia em tecnologias duras; e ineficiência quanto à integralidade. A discussão apontou uma imbricação dessas categorias, colocando o investimento em tecnologias leves como centro do debate para a superação da sensação de ausência, da mistura dos modelos e para construção da integralidade do cuidado.
Agradeço à minha orientadora, professora Gabriela Marques Di Giulio, sempre atenciosa tentando me ajudar com minhas confusões, por sua paciência e perseverância com esse trabalho que passamos a qualificar de "desafio". À minha esposa, Elaine, que não apenas acompanhou mas também me ajudou no texto, com suas leituras e críticas. À Laura, minha filha, que quando soube que o pai estudava a natureza achou "muito lindo". Aos meus pais que sempre me incentivaram a estudar. Ao Programa de Saúde Global e Sustentabilidade, por acolher essa proposta de investigação. À UNIFESP, que permitiu um período de afastamento para este estudo. Aos professores Christian Ingo Lenz Dunker e Roberto Donato da Silva Junior, por sua participação na banca de qualificação. Aos professores João Nunes, Marko Monteiro e Roberto Donato que participaram do processo de avaliação nessa fase final e na banca de defesa.
This article analyzes the institutionalization of the discourse of sustainable development (SD) for more than three decades and its development as a symbolic structure that influences subjectivity and social practices in this century. Embracing an interdisciplinary approach, it focuses on a debate between psychoanalysis, attentive to the ways in wich discontent is manifested, and the ideas of risk society and reflexive modernization, from social risk theory. The analysis of the SD discourse allows to frame it as a narcissistic strategy to cope with the environmental crisis. Such a strategy structures itself in the very preservation of existence at the same time that it disputes a constant process of defining which way of life populations should live and how human conduct should be guided. As a discourse that denies finitude, supported by the need for efficiency and technological development in order to avoid the end of resources, this narcissistic strategy may ultimately lay the foundation of human and environmental exhaustion.
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