Strengthening strategies to improve adherence to the use of pre-exposure prophylaxis (PrEP) in key populations constitutes a global health priority to be achieved across countries, especially in countries that share a high flow of people such as Brazil and Portugal. This study aimed to analyze the factors associated with adherence to PrEP among MSM from two Portuguese-speaking countries, highlighting the opportunities and preventive strategies for the global health scenario. This was a cross-sectional analytical online survey conducted from January 2020 to May 2021 with MSM in Brazil and Portugal. For analysis of the data, the Poisson regression model was used to estimate the prevalence ratio (PR) for developing a model to evaluate the associated factors in both countries in a comparative and isolated way. Adherence to PrEP use corresponded to 19.5% (n = 1682) of the overall sample: 18.3% (n = 970) for Brazil and 21.5% (n = 712) for Portugal. Having more than two sex partners in the last 30 days (aPR: 30.87) and routinely undergoing HIV tests (aPR: 26.21) increased the use of this medication. Being an immigrant (PR: 1.36) and knowing the partner’s serological status (PR: 1.28) increased adherence to PrEP in Portugal, whereas, in Brazil, it was being an immigrant (PR: 0.83) and not knowing the serological status (PR: 2.24) that promoted the use of this medication. Our findings reinforce the need to invest in programs and strategies to improve access and adherence to PrEP, especially in key populations.
We analyzed the knowledge, attitudes and practices (KAP) of schistosomiasis mansoni prevention in an endemic area of Brazil. This cross-sectional study was conducted between March and May 2021, with 412 participants living in the municipality of Feira Grande, Alagoas, Brazil. Data collection occurred through visits to the Health Center Urbano II and Massapê, through an interview with a structured questionnaire to identify the levels of KAP regarding schistosomiasis prevention. Of all respondents, 70.87% lived in rural areas, 22.66% reported a history of past schistosomiasis and 52.71% never participated in schistosomiasis control program actions. Factors associated with better KAP scores were being part of an older age group, not using rainwater and having no history of past schistosomiasis. Specifically, among the domains, attitude was the highest score and knowledge was the lowest. Participation in a health intervention program, knowing someone who had schistosomiasis and having been informed through a public health program seemed to have an important impact on the population’s KAP. Our results contributed to broadening perceptions about schistosomiasis prevention, highlighting the positive impacts that health programs and interventions have on disease control.
RESUMO: Os acidentes por animais peçonhentos no Brasil são frequentes e constituem um sério problema de saúde pública. Dentre os principais acidentes destaca-se o ofidismo, em virtude de sua frequência e gravidade. Nesse cenário, práticas populares, como o uso de plantas medicinais, são utilizadas em casos de acidentes ofídicos. As plantas medicinais são os recursos alternativos mais empregados nessas práticas, sendo aplicadas tanto como complemento a soroterapia quanto como medida medicinal alternativa quando não há acesso à soroterapia. Nesse contexto, objetivou-se investigar as medidas fitoterápicas emergenciais adotadas nos casos de acidentes provocados por serpentes, além de traçar o perfil epidemiológico das vítimas desses acidentes. Trata-se de um estudo qualitativo e descritivo, realizado no munícipio de Olho D’água das Flores e desenvolvido no período de 2016 e 2017. Adotou-se o método bola de neve e os entrevistados foram selecionados mediante os critérios de idade igual ou superior a 18 anos, e serem moradores da região que tivessem informações acerca de casos de acidentes com serpentes. Para a coleta de dados aplicou-se questionários semiestruturados aos entrevistados que tiveram sua participação condicionada a assinatura de um TCLE. Os dados coletados foram registrados no programa Microsoft Excel 2010, para posterior análise e produção de gráficos e tabelas. Registrou-se um total de 68 casos de ofidismo, a maior parte das vítimas foi do sexo masculino (57,35%; n= 39). A faixa etária predominantemente foi de 38 a 78 anos (59%; n=41). A maioria dos entrevistados também não apresentou escolaridade completa (39,7%; n=27) e o local de maior ocorrência dos acidentes foi o ambiente de trabalho (86,77%; n=59). Com relação às medidas emergenciais tomadas 70,6% (n=57) não tiveram atendimento médico, 73,53% (n=50) fizeram uso de plantas medicinais, a folha (11,76%; n=8) foi a parte mais utilizada e a compressa (29,41%; n= 20) a forma de preparo mais relatada. As plantas apresentam potencial medicinal em virtude da presença de metabólitos e princípios ativos que lhes conferem propriedades curativas. Apesar de muitas plantas não apresentar potencial antiofídico comprovado na literatura científica, elas podem contribuir para a evolução no quadro clínico dos indivíduos vítimas do ofidismo. Entretanto, mesmo com efeitos positivos, é importante salientar que esta prática não substitui a necessidade do uso do soro antiofídico. Com isso, ressalta-se a importância de estudos com o intuito de investigar as possíveis propriedades antiofídicas nas plantas para que elas possam atuar de forma complementar no tratamento destes acidentes. PALAVRAS CHAVE: medicina popular, medidas emergenciais, serpentes.
O coentro (Coriandrum sativum L.) é uma olerícola que necessita de deposição de nutrientes, visto que os pré-existentes no solo são insuficientes para impulsionar o crescimento da mesma. Nesse contexto, objetivou-se, com este trabalho, avaliar a eficiência da adubação orgânica com esterco caprino no cultivo do coentro. O experimento foi realizado em casa de vegetação da Universidade Federal de Alagoas - Campus de Arapiraca. O delineamento experimental foi em cinco blocos ao acaso, com cinco tratamentos, que consistiram na adubação orgânica com esterco caprino associado ao solo em diferentes proporções: T1 = 20%; T2 = 40%; T3 = 60%; T4 = 80%; T5 = 0% da proporção solo/esterco. As variáveis analisadas foram altura de planta, comprimento de raizes, fitomassa fresca total, fitomassa seca da parte aérea, fitomassa seca de raízes, fitomassa seca total, relação raiz/parte aérea, taxa de crescimento absoluto e taxa de crescimento relativo em altura de planta. A adição de 60% de esterco caprino no substrato promove resultados positivos na maioria das variáveis investigadas, tendo prevalecido uma significância da ordem de 78% das variáveis investigadas. A proporção de 60% esterco caprino e 40% de solo é a mais indicada para obtenção de plantas de coentro de melhor qualidade.
Introdução: Em acidentes ocasionados por abelhas, plantas medicinais são amplamente utilizadas como tratamento fitoterápico emergencial. Objetivo: Conhecer os aspectos clínicos e as plantas medicinais utilizadas no tratamento das vítimas de acidentes por abelhas em dois municípios do sertão de Alagoas. Materiais e métodos: O estudo foi realizado nos municípios de Santana do Ipanema - AL e Olho D’água das Flores - AL. Os dados foram coletados através do método bola de neve e da aplicação de questionário semiestruturado. As variáveis (agente causador do acidente, aspectos clínicos, plantas medicinais utilizadas) foram analisadas através de metodologia investigativa e descritiva. Resultados: Foram registrados 32 casos de acidentes por abelhas. As partes do corpo mais afetadas foram as mãos e as principais manifestações clínicas predominantes foram os sintomas associados. Diante dos acidentes por abelhas nenhum indivíduo acidentado procurou atendimento médico, mas houve o relato do uso de plantas (Nicotiana tabacum, Ruta graveolens, Aloe vera, Lithraea brasiliensis, Citrus limon e Allium sativum) como tratamento alternativo. Conclusão: Utilizar plantas, diante desses acidentes, sem conhecer suas propriedades medicinais pode ser considerado como um fator de risco para as comunidades tradicionais. Dessa forma, é relevante que as comunidades tenham acesso às informações básicas para adoção do tratamento adequado.
Introdução: A esquistossomose causada pelo verme Schistosoma mansoni é uma doença de evolução grave se não tratada. Atualmente existem poucos fármacos disponíveis para o tratamento da infecção, e essa escassez compromete os objetivos de erradicação da doença. Com isso, as ferramentas in sílico têm se mostrado cada vez mais pertinentes no auxílio de descobertas de novas drogas com potencial terapêutico. Objetivo: Nessa perspectiva, o presente trabalho objetivou predizer fármacos com propriedade anti-Schistosoma e que possam ser reposicionados para o tratamento da esquistossomose mansoni. Metodologia: Foi empregado a ferramenta computacional QSAR-2D através do software Knime Analitics Platform para predizer fármacos com propriedades anti-esquistossomôticas. Essa abordagem dispõe da capacidade de aprendizado de máquina a qual realiza uma comparação entre estruturas químicas conhecidas e moléculas químicas presentes num banco de dados previamente fornecido e que são, originalmente, aplicadas ao tratamento de outras doenças. No banco de dados ChEMBL foram coletados 50 fármacos com ação anti-parasitária, utilizados para treinar o algoritmo. Para o conjunto teste, foram investigados 347 moléculas químicas com potencial terapêutico para o parasito. O modelo preditivo foi dividido em dois subconjuntos, um com validação externa (30%) e o segundo sendo o grupo teste (70%). As análises foram baseadas no modelo de regressão de Pearson por meio da aprendizagem de máquina Tree Ensemble Learner (regression), sendo considerado relevante a predição com cut-off de r2>|0,7|. Resultados: O presente modelo obteve um cut-off de r2=0,707, demonstrando relevância aceitável da predição e três fármacos demonstraram ser mais promissores. A niclosamida, o ácido meclofenâmico e o ácido flufenâmico foram apontados como compostos de potencial anti-esquistossomôtico. Dentre eles, o primeiro apresenta ação moluscicida conhecida contra os vetores do S. mansoni, o segundo contra o parasito em modelo murinho, isso demonstra confiabilidade à predição do presente modelo, e o terceiro ainda não foi testado contra o verme. Os ácidos meclofenâmico e flufenâmico são anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) ambos indicados no alívio de distúrbios reumáticos. Conclusão: Assim, tornar- se-á instigante testar in vitro e in vivo o ácido flufenâmico, considerando o potencial anti-esquistossomôtico que alguns outros AINEs apresentam frente ao S. mansoni visando reposicionamento de fármacos.
A esquistossomose mansoni é uma doença tropical negligenciada, de importante impacto em saúde para as populações acometidas no Brasil e no mundo. Dessa forma, o objetivo do estudo foi realizar análise retrospectiva da situação epidemiológica da esquistossomose mansoni e descrever as ações de controle da doença no município de Feira Grande/AL, entre 2008 e 2016. Trata-se de um estudo ecológico, com dados obtidos do Sistema de Informação do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose (SISPCE), os quais geraram os indicadores: ações operacionais (Percentual de exames coproscópicos realizados) e ações epidemiológicas (Percentual de positividade, Percentual de não tratamento e Proporção de infectados por classe de intensidade da infecção). Para cada indicador calculou-se a média, desvio padrão, mínimo e máximo. Além disso, analisou-se se a série temporal teve tendência decrescente, estacionária ou crescente, assim como a taxa de crescimento anual. Foram reportados 1.159 (8,8%) casos de esquistossomose em Feira Grande no período analisado. O percentual de exames realizados se manteve abaixo da cobertura adequada (<90%) em todo o período estudado, com 2008, 2009, 2010 e 2013 apresentando endemicidade média. As menores coberturas de tratamento ocorreram em 2014, 2016 e 2013. A proporção de infectados (PI) com baixa quantidade de ovos por lâmina (PI-baixa) predominou em todo o período estudado e, na avaliação temporal, o indicador Proporção de não tratamento apresentou uma tendência crescente. Os resultados apontam uma insuficiência nas ações de controle do PCE, além de mostrarem que os indicadores epidemiológicos apontam para um recrudescimento da doença no município.
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