INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional é um dos fenômenos mais expressivos do século XXI e a proporção da população mundial com mais de 60 anos dobrará de 12% para 22%, entre 2015 e 2050. No Brasil há diferentes formas de envelhecer. OBJETIVO: Descrever e caracterizar a forma de envelhecer dos idosos da zona rural do município de Parintins, no interior do Amazonas. MÉTODOS: Incluídos 50 idosos acima de 60 anos de idade, ambos os sexos e que vivem na comunidade rural. Aplicou-se um questionário sociodemográfico e realizou-se a avaliação multidimensional através dos testes cognitivos (Mini Exame do Estado Mental, Informant Questionnaire on Cognitive Decline in the Elderly, Teste de Fluência Verbal, Escala de Depressão Geriátrica, Teste de Trilha e Teste de Reconhecimento de Figuras) e de funcionalidade (Short Physical Performance Battery, Indice de Comorbidade Funcional, World Health Disability Assessment Schedule e Functional Brazilian Older American Resourcers and Services Multidimensional Functional Assesment Questionnaire). RESULTADOS: 60% (30) são do sexo feminino, 90% (45) naturais do interior do Amazonas. Apresentam baixos desempenhos cognitivos, 62% (31) pontuando <9 no teste de fluência verbal, declínio físico funcional, 44% (22) apresentando dificuldade para ficar de pé 30 minutos usando o WHODAS, boa capacidade de autocuidado básicos, são independentes, não apresentam nenhuma dificuldade para sair de casa e são ativos na interação social no trabalho e na comunidade. CONCLUSÃO: Estudos com a população idosa rural apresentam características que podem ajudar na tomada de decisão em saúde para esse público que envelhece de maneira bem distinta dos idosos urbanos.
INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a segunda maior causa de mortes no mundo. Essa condição de saúde é responsável por deixar sequelas neurológicas permanecentes na maioria das pessoas acometidas. A diminuição a capacidade funcional pós AVE é fator fundamental para independência e a demanda de cuidados aos idosos. OBJETIVO: Caracterizar os dados sociodemográficos e a capacidade funcional de idosos pós-AVE no interior do Amazonas. MÉTODOS: Estudo transversal com 50 idosos com idade ≥60 anos, ambos os sexos, acometidos por AVE, avaliados em seus domicílios. Aplicou-se o questionário para os dados sociodemográficos e usou-se a Escala de Rankin (ER). CEP: 08021219.1.0000.5020. Utilizou-se o programa Microsoft Excel (versão 2016) e o PAST (Paleontological Statistics Software Package for Education and Data Analysis) versão 3.1 para a realização da tabulação e análise estatística, respectivamente. RESULTADOS: 72% (36) são do sexo masculino, 36% (18) tinham entre 70 a 79 anos, 50% (25) são analfabetos, 82% (41) são aposentados, 88% (44) recebem um salário mínimo, 46% (23) mora com cônjuge, 80% (40) são hipertensos, 70% (30) relatam ser ex-fumantes, 96% (48) relatam não fazer uso de álcool, 12% (6) tiveram dois episódios de AVE, 28% (14) não tinham deficiência significativa pela ER, CONCLUSÃO: Os idosos possuem baixa escolaridade e renda, são dependentes, possuindo moderada limitação de sua capacidade funcional.
INTRODUÇÃO: A sarcopenia é um dos componentes para definição da síndrome de fragilidade, que é altamente prevalente em idosos, conferindo maior risco para quedas, fraturas, incapacidade, dependência, hospitalização recorrente e mortalidade. Relaciona-se à uma vulnerabilidade fisiológica, à idade, resultante da perda da homeostase biológica e da capacidade do organismo de se adaptar às novas situações de estresse. OBJETIVO: Caracterizar e correlacionar a presença de sarcopenia e doenças autorrelatadas em idosos avaliados em domicílios no interior do Amazonas. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal descritivo com idosos de ambos os sexos, residentes na cidade de Coari, Amazonas, Brasil. CAAE: 08021219.1.0000.5020. Avaliou-se a sarcopenia por meio do questionário SARC-F/BR e as doenças autorrelatadas pelo Índice de Comorbidade Funcional (ICF). RESULTADOS: 81 idosos, com idade entre 60 e 90 anos; 76,5% (62) eram do sexo feminino, 44,4% (36) eram analfabetos; 71,6% (58) apresentaram pelo menos 2 comorbidades sendo as mais prevalentes os problemas visuais 28,4% (23), doenças degenerativas da coluna 25,9% (21) e artrite/artrose 25,9 (21); 43,2% (35) apresentam risco de sarcopenia e 54,3% (44) dificuldades de carregar até 4,5 kilos e 63,0% (51) possuem dificuldade de subir escadas. A correlação Pearson’s do SARC- F/BR e o ICF foi positiva e fraca =0,2194, sendo que os idosos apresentam sinais de sarcopenia, elevados índices de comorbidades e risco de fragilidade. CONCLUSÃO: Os idosos desse estudo apresentam sinais de sarcopenia, elevados índices de comorbidades e risco de fragilidade que são agudizados pelas condições sociodemográficas que apresentam.
Objetivo: Descrever a presença da prática de exercício físico e de função física em um grupo de idosos durante a pandemia por COVID-19 no interior do Amazonas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado com idosos ativos que realizavam exercício físico por pelo menos 3 vezes na semana por 50 minutos no interior do Amazonas. Avaliou-se a prática de exercício físico antes e durante a pandemia e aplicaram-se duas questões investigativas referente a COVID-19. Para avaliar a capacidade funcional e física aplicou-se o Short Physical Performance Battery (SPPB). Resultados: A amostra foi composta por 63 idosos ativos da comunidade. Destes, 31,8% (21) eram analfabetos, 74,2% (49) aposentados e 75,8 % (50) de baixa renda. No SPPB 27,3% (18) apresentaram total de 10 pontos e 14,29% (9) dos idosos realizam exercício físico acima dos minutos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Conclusão: Neste estudo nenhum fator durante a pandemia interferiu na prática de exercício físico e nem na capacidade funcional dos idosos que residem no interior do Amazonas.
Objetivos: Buscar evidências sobre a eficácia da iontoforese na cicatrização de feridas crônicas, bem como verificar qual parametrização utilizada. Métodos: As buscas pelos artigos foram realizadas nas bases de dados: PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde, SciELO, PEDro, Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES - Brasil, Sumários de Revistas Brasileiras e Biblioteca Digital Brasileira de Testes e Dissertações, com período de publicação de fevereiro de 2011 a março de 2021. Os estudos foram analisados por dois autores de forma autônoma através dos critérios de elegibilidade adotados no estudo. Resultados: Após o processo de seleção, restaram 4 artigos, os quais destacam que a intoforese pode ser eficaz no tratamento feridas crônicas e que esse recurso aplicado conjugado com o tratamento médico convencional potencializa o processo de cicatrização em individuos portadores de feridas crônicas. Conclusão: A iontoforese apresentou eficácia na cicatrização em indivíduos portadores de feridas crônicas.
Objetivo: Apontar parâmetros utilizados para a cicatrização de feridas através de modalidades eletrofototerapêuticas em pacientes com úlceras por pressão e diabéticas. Métodos: Buscou-se artigos nas bases de dados: PubMed, BVS, SciELO e PEDro, publicadas entre 2010 e maio de 2020. Dois autores analisaram de forma independente os critérios de elegibilidade através da Escala PEDro. Resultados: Os estudos incluídos apontam que os recursos eletrofototerapêuticos podem ser eficazes no tratamento das úlceras por pressão e diabéticas e que esses recursos aplicados em conjunto com a intervenção convencional otimizam a melhora do paciente. Conclusões: Verificou-se uma grande heterogeneidade nos parâmetros analisados, sendo os mais eficazes a Luz de espectro, com 400 à 800 nm, 0,18 W/cm², 4 minutos, 2 aplicações por dia, durante 12 semanas. O LED, com 625, 660, 850 nm, 2,4 J/cm2, 50%, 5 minutos, 3 aplicações por semana, durante 8 semanas. A LLLT, com 685 nm, 0,05 W/cm², 10 J/cm2, 3 minutos, 6 aplicações por semana, com duração de 2 à 20 semanas. E a CAV, com 100 pps, 0,24 ou 0,25 A, 154 µs, 100 V, 250 ou 360 µC/s, 50 minutos, 5 aplicações por semana, com duração de 6 ou 8 semanas.
As desordens ortopédicas e/ou reumatológicas acometem com grande frequência o joelho, sendo a osteoartrite (OA) e a síndrome da dor patelofemoral (SDPF) as mais comuns entre essas desordens, e são os principais motivos pela busca por serviços médicos e fisioterapêuticos. Verificar os benefícios da utilização de joelheira na dor e na função do joelho em indivíduos com OA de joelho e a SDPF. Revisão de escopo elaborada conforme a metodologia da JBI. Foram considerados estudos envolvendo pacientes com OA de joelho e SDPF, sem restrição de sexo e raça, com idade ≥ 18 anos, que utilizaram a joelheira como intervenção terapêutica, independentemente do tipo de joelheira, com os desfechos de dor e função ou funcionalidade, que foram publicados nos idiomas inglês, português e espanhol, com data de publicação de julho de 2001 a junho de 2021. As buscas por estudos publicados e literatura cinzenta foram conduzidos na PubMed, BVS, SciELO, PEDro, Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES, Sumários.org e BDTD. A seleção dos estudos e apreciação crítica (pela escala PEDro) foram realizadas por dois revisores independentes. Foram incluídos seis estudos, com um total de 337 pacientes. Os estudos ajustaram o uso da joelheira entre 2 ou até 12 horas de utilização sem intervalo, durante 3 a 12 semanas. A utilização de joelheira apresenta benefícios em indivíduos portadores de osteoartrite de joelho e síndrome da dor patelofemoral, promovendo de alívio da dor e melhora da função do joelho. Aconselha-se o uso de joelheiras elásticas (e/ou articuladas), ajustáveis, com reforço patelar.
INTRODUÇÃO: A diabetes mellitus do tipo 2 é forma mais comum dessa doença, responde por 90-95% do casos. É uma das doenças crônicas que mais acomete os idosos no Brasil. O “Estudo da Saúde na Atenção Primária da População Amazônica” (SAPPA) fornece dados sobre a saúde dos idosos com diabetes mellitus tipo 2 atendida pela atenção primária no estado do Amazonas. OBJETIVO: Descrever as características sociodemográficas e doenças auto referidas em idosos avaliados pelo estudo SAPPA no interior do Amazonas. MÉTODOS: Estudo transversal; aplicou-se um questionário sociodemográfico juntamente com o Índice de Comorbidade Funcional e o Autorrelatado de Saúde Percebida. CAAE: 25030719.4.0000.5020. RESULTADOS: A maioria dos idosos são do sexo feminino 70,6% (278); 51,5% (203) possuem entre 60-69 anos e são classificados como idosos jovens; 52,0% (205) são casados, 74,6% (294) são pardos; 95% (299) são aposentados embora 75,1% (296) referem trabalhar. A renda da maioria dos idosos é de 1 salário-mínimo 31,2% (123); 43,1% (170) dos idosos são analfabetos. As três doenças mais prevalentes mencionadas foram: artrite/artrose com 29,4% (116), osteoporose com 21,6% (85) e asma com 15% (59). Os problemas de saúde autorrelatados mais prevalentes foram: 48% (189) não se lembrar de fatos recentes, 37,8% (149) incontinência urinária nos últimos 12 meses e 34,8% (137) dor crônica nos últimos 12 meses. Quanto ao IMC, 36,3% (143) apresentam sobrepeso. CONCLUSÃO: Os idosos possuem baixa escolaridade e renda, possuem comorbidades e apresentam sobrepeso além do diabetes mellitus do tipo 2 que podem interferir diretamente na sua saúde global e funcionalidade.
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