Num contexto de envelhecimento populacional e de feminilização da velhice, o envelhecer masculino se diferencia do feminino. Mulheres idosas enfrentam desvantagens cumulativas que prejudicam a cidadania em sua plenitude. Atividades cotidianas, como a fotografia, são historicamente sujeitas às limitações atreladas a questões de gênero. Essas restrições podem interferir em metodologias participativas baseadas na percepção do usuário. Originado numa pesquisa transnacional sobre o envelhecimento na comunidade, este artigo analisa a influência da construção de gênero na execução do procedimento metodológico diário fotográfico e na percepção ambiental em três cidades brasileiras. Idosas mostraram-se menos positivas na realização da tarefa do que idosos, apontando elevado senso crítico sobre o processo e seus resultados e sensação de inferioridade; incapacidade; temor ao julgamento e insegurança no espaço público. Dessa forma, a construção da imagem de gênero afeta a participação social e atividades cotidianas, alterando a percepção do espaço urbano e exigindo alternativas metodológicas apropriadas.
Comunidades Sustentáveis ou Ecovilas, como são conhecidas no Brasil, são excelentes soluções de moradia. Elas possuem um baixo custo de manutenção e garantem um estilo de vida de baixo impacto ecológico. São locais agradáveis, com características paisagísticas únicas, o que acrescenta grande qualidade ambiental aos espaços de convivência. Porém, esses espaços externos criados pelos moradores, muitas vezes não aproveitam todo potencial que o espaço oferece, perdendo-se a oportunidade de ter um espaço mais agradável, acolhedor e compatível com a sua finalidade. O objetivo da investigação é propor sugestões para o planejamento, organização dos espaços externos e disposição das construções, sob a ótica da Psicologia Ambiental, contribuindo para o melhoramento dos espaços abertos das Ecovilas do Estado do Rio Grande do Sul (RS). Os procedimentos metodológicos iniciais foram as pesquisas documental e bibliográfica, conduzida por Estudo de Caso envolvendo 3 Ecovilas, escolhidas entre 15 identificadas no Estado. Foi realizada uma entrevista semiestruturada, elaborada a partir de dados e resultados das visitas exploratórias e referencial teórico, envolvendo quatro categorias da Psicologia Ambiental: Ambientes Restauradores; Apego ao Lugar; Arranjo Espacial e Comportamento Sócio Espacial. Os dados foram interpretados sob o ponto de vista qualitativo, fazendo uso da Nuvem de palavras e da Tabela Síntese Geral, resultando na Tabela de Recomendações. A investigação produziu 38 recomendações direcionadas a projetos de Ecovilas no Rio Grande do Sul, contemplando seus ambientes externos e possibilitando uma gama de alternativas para a criação de ambientes externos mais dinâmicos, agradáveis e diferenciados.
Além do espaço físico, alguns lugares possuem uma dimensão simbólica acompanhada pela bagagem individual dos frequentadores e pela cultura local. Assim, comunidades adquirem identidades, refletindo particularidades regionais. Ecovilas são assentamentos apoiados na sabedoria ancestral, onde alguns espaços externos são sagrados devido a complexas relações de pertencimento. Este artigo destaca lugares com características únicas, regionais, em três Comunidades Sustentáveis do Rio Grande do Sul, visando subsidiar projetos arquitetônicos com espaços simbólicos e sustentáveis, respeitando referências identitárias. Para isso, lugares sagrados foram identificados nas comunidades, através de entrevistas estruturadas. Buscou-se dar visibilidade científica para esse tema, destacando a importância da preservação destes locais pré-existentes. O estudo ressalta que espaços simbólicos comunitários se entrelaçam a multiculturalidade da cultura do Sul e de seus moradores, desenvolvendo laços entre visitantes e natureza. Esse fortalecimento da identidade cultural promove coesão comunitária significativa.
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