A “Relaçaõ da Marcha que fiz para o Cuyaté pela Nova Estrada (...)” foi escrita pelo governador da capitania de Minas Gerais, d. Antonio de Noronha, em outubro de 1779. A “Relaçaõ” integra um conjunto de documentos enviados ao secretário da Marinha e dos Negócios Ultramarinos, Martinho de Mello e Castro, denominada “Copia das providencias que se derão para a nova Conquista do Cuyeté”. O texto nos permite analisar a intrínseca conexão do mando com a escrita no âmbito do Império luso-brasileiro, no período moderno. Portanto, este artigo apresenta, além das práticas de escrita e de produção documental do governo ultramarino, uma edição crítica da “Relaçaõ da Marcha”, acompanhada por anotações referentes ao documento e sua materialidade.
During the establishment of the Portuguese court in Brazil, at the beginning of the nineteenth century, much crossed the Atlantic, including printed papers and manuscripts. In this text, we discuss the royal manuscript collection through the work of the librarian Luís Joaquim dos Santos Marrocos. The main subjects examined are: a) the experience of the enlightened subject, assistant to a librarian at the Royal Library of Rio de Janeiro in the universe of letters, analyzing his dimension as a cultural mediator; and b) his daily work in the Manuscript Room, including the production of a systematic map of the manuscript collection. These propositions are situated on the basis of his letter writing practice and the production of map in question. This is ongoing research focused on privileged documentation to make considerations about the universe of written culture of the period and its developments in contemporary times.
CAPÍTULO 2 -Marcas de historicidade… A correspondência do 2º marquês do Lavradio 2.1 -Considerações iniciais, p. 140 2.2 -Análise diplomática e tipologia documental, p. 146 2.3 -Formação do Banco de Dados: Correspondência do 2º marquês do Lavradio, p. 152 2.4 -Estudo do corpus (Códices, Fundo e Coleções), p. 155 2.5 -Breve História Custodial dos Códices, Fundo e Coleções, p. 192 CAPÍTULO 3 -D. Luís de Almeida, o 2º marquês do Lavradio, entre: sentir, escrever e governar 3.1 -D. Luís de Almeida, além de vice-rei: ensaio biográfico…, p. 204 3.2 -D. Luís de Almeida a sentir e a escrever cartas para governar, p. 236 3.3 -D. Luís de Almeida: ser vice-rei e a hesitação do exercício do poder, p. 266 3.4 -A invasão castelhana na ilha de Santa Catarina, em 1777, um problema para a imagem de D. Luís de Almeida, p. 292 CONSIDERAÇÕES FINAIS, p. 323 CRONOLOGIA BIOGRÁFICA -pessoal e familiar de D. Luís de Almeida, p. 330 APÊNDICE, p. 335 FONTES, p. 361 BIBLIOGRAFIA, p. 370
Em 02 de janeiro de 2020, Xavier Zaragoza, conselheiro do presidente mexicano, escreveu uma carta à Maria del Rosário Galván. Eis um trecho, amanhecemos no segundo dia de janeiro com nosso petróleo, nosso gás, nossos princípios, mas incomunicáveis com o mundo. (…) Estamos reduzidos à mensagem oral ou ao gênero epistolar, como comprova esta carta que lhe escrevo com vontade de mastigá-la e engoli-la 1 .Zarogoza, personagem do romance epistolar A cadeira da Águia de Carlos Fuentes, estava desesperado, já que após um problema político Washington (EUA) cortou as comunicações via satélite que disponibilizava ao México. Xavier Zaragoza, ao escrever para Maria del Rosário, manifestava-se atormentado diante da condição de estar restrito à prática epistolar para comunicar-se com os distantes.Até a criação do telégrafo, no século XIX, a carta reduziu as distâncias e permitiu aos ausentes fazerem-se presentes. Por um longo período, a prática epistolar foi a principal encarregada pela comunicação à distância. Entretanto, no mundo contemporâneo, baseado na rapidez, o retorno à prática epistolar, como único meio de comunicação, geraria imensos percalços. Era o que, no futuro criado por Carlos Fuentes, estava angustiando Zaragoza.Contudo, diferente de tais angústias, a prática epistolar nos séculos precedentes ocupava um outro sentido. A carta representava o singular meio de comunicação entre os distantes e transportava as notícias e sentimentos por mar e terra, através de uma percepção de tempo enfaticamente incompreensível para os imediatismos do século XXI. O objetivo dessa breve passagem pela Literatura foi iniciar a proposta deste trabalho: apresentar um teórico português que tematizou as sensibilidades e necessidades da prática de escrita de cartas no passar do século XVIII.Neste exercício de reflexão, estudaremos um compêndio escrito por Francisco José Freire, também conhecido como Cândido Lusitano e visto pelos estudos da epistolografia
Revista Tempo | Vol. 21 n. 38 | Artigo ResumoEntre livros e cartas, a história do império luso-brasileiro passou por profundas mudanças no início d'Oitocentos. O Rio de Janeiro tornou-se a sede da monarquia com a chegada da corte em 1808. O bibliotecário Luís Joaquim dos Santos Marrocos viu sua vida transformar-se ao acompanhar a segunda leva de livros da Real Biblioteca d' Ajuda para a América. Ele atuou na estruturação da Real Biblioteca do Rio de Janeiro, pensada como um locus de saber. Nesse contexto, estudaremos a correspondência ativa de Marrocos escrita entre 1811 e 1821 pelas seguintes perspectivas: a historicidade da Real Biblioteca; a relação de Marrocos com a escrita ; as sociabilidades individuais e coletivas desse momento; as relações políticas nas quais estava inserido e a interlocução com seu pai, Francisco José dos Santos Marrocos; a conservação deste acervo epistolar. Nossa proposta é analisar tais cartas como tema e objeto de pesquisa para refletirmos sobre a escrita das relações políticas e culturais do império luso-brasileiro. Palavras-chave: Biblioteca Real; Período Joanino; correspondência de Luís Joaquim Santos Marrocos. Entre cartas y libros: la Biblioteca Real y las escrituras del bibliotecario Luís Joaquim dos Santos Marrocos en el periodo Joanino (1808-1821) ResumenEntre libros y cartas, la historia del imperio luso-brasileño pasó por profundas transformaciones a inicios de 1800. Río de Janeiro se convirtió en la sede de la monarquía con la llegada de la corte en 1808. El bibliotecario Luís Joaquim dos Santos Marrocos vio su vida transformarse al supervisar el segundo envío de los libros de la Real Biblioteca de Ayuda para América. Actuó en la estructuración de la Real Biblioteca de Río de Janeiro, pensada como un locus del saber. En ese contexto, estudiaremos la correspondencia activa de Marrocos escrita entre 1811 y 1821, mediante las siguientes perspectivas: la historicidad de la Real Biblioteca; la relación de Marrocos con la escritura; las sociabilidades individuales y colectivas del momento; las relaciones políticas en las cuales se encontraba inmerso y el diálogo con su padre, Francisco José dos Santos Marrocos; la conservación de este acervo epistolar. Nuestra propuesta será la de analizar tales cartas como tema y objeto de nuestra pesquisa para reflexionar sobre la escrita en las relaciones políticas y culturales del imperio luso-brasileño. Palabras claves: Biblioteca Real; Periodo Joanino; Correspondencia de Luís Joaquim Santos Marrocos. Among books and letters: the royal library and the writing of librarian Luís Joaquim dos Santos in the joan period (1808 -1821) AbstractAmong books and letters, the history of the Luso-Brazilian empire underwent profound changes at the beginning of the nineteenth century. Rio de Janeiro turned into the home of the Monarchy upon the court arrival in 1808.The librarian LuísJoaquim dos Santos Marrocos saw his life turned up side down when accompanied the second wave of books from Royal Library d' Ajuda to America. He was present in setting up th...
<p><span>Com a chegada da Família Real portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808, o centro de poder imperial transferia-se para a América. Acompanhada de pessoas importantes da nobreza, a Coroa também transladou consigo apetrechos e muitos simbolismos – refletidos, especialmente, na Casa Real – o que tentaria garantir uma adequada permanência da realeza em terras americanas. Dentre os súditos ilustrados da monarquia, destacamos o bibliotecário Luís Joaquim dos Santos Marrocos, personagem central da discussão deste artigo, cujo objetivo primeiro está em problematizar a natureza das relações interatlânticas entre os papeis impressos e manuscritos da Coroa na primeira metade do século XIX. Ao situarmos tais balizas, o texto tem como foco três principais temáticas a serem examinadas: a) a vida do bibliotecário Luís Joaquim dos Santos Marrocos entre bibliotecas e a prática de escrita de cartas; b) sua relação com os manuscritos da Coroa; e c) a sistematização e catalogação que preparou sobre a documentação manuscrita da coroa portuguesa.</span></p>
No abstract
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.