No abstract

The aim of this study was to evaluate the isotopic profile and mercury (Hg) concentrations in fish (carnivores, omnivores and detritivores) in the lower portion of the rio Paraíba do Sul watershed, southeastern Brazil. Carbon (δ 13 C) isotopic analyses revealed that pelagic and benthonic sources are part of the feeding of the fish from the different guilds (-14.0 to -24.8 ‰). The benthic sources are usually enriched in δ 13 C (-16.9‰, from watershed runoff) compared to pelagic sources because the phytoplankton, important primary producer that supports several pelagic chains, has δ 13 C signature lighter (-23.9‰). The nitrogen (δ 15 N) isotopic signatures indicated that most guilds were at the same trophic position (10.0 to 15.5 ‰), except for pelagic omnivorous fish, which had a lower trophic position. Niche overlap was observed among pelagic and demersal carnivorous fish, demersal omnivorous fish, and demersal detritivorous fish. The lower isotopic niche breadth of pelagic carnivorous fish reveals the specialized resource use by this guild. Hg concentrations (ng g -1 dry weight) differed significantly between demersal carnivorous fish (185.3 dry weight; 27.8 wet weight) and demersal omnivorous fish (277.9 dry weight; 41.7 wet weight) and between pelagic omnivorous fish (197.2 dry weight; 29.6 wet weight) and demersal omnivorous fish due to (1) differences in food sources: guilds that fed on bottom resources were more affected by contamination because the sediment is an important Hg accumulator in the study area, and (2) because of its trophic positions. Considering that the fish consumed prey of similar trophic positions, the guilds did not show a well-defined food hierarchy. Therefore, in this study, there was no clear relationship between Hg and δ 15 N.O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil isotópico e as concentrações de mercúrio (Hg) em peixes (carnívoros, onívoros e detritívoros) na bacia inferior do rio Paraíba do Sul, sudeste do Brasil. As análises isotópicas de carbono (δ 13 C) revelaram participação de fontes pelágica e bentônica na alimentação dos peixes das diferentes guildas (-14,0 a -24,8 ‰). As fontes bentônicas são usualmente mais enriquecidas em δ 13 C (-16,9‰, derivado do escoamento superficial da bacia de drenagem) comparadas às fontes pelágicas pois, o fitoplâncton, importante produtor primário que suporta inúmeras cadeias pelágicas, tem assinatura de δ 13 C mais leve (-23,9‰). As assinaturas isotópicas de nitrogênio (δ 15 N) indicaram que a maioria das guildas estava no mesmo nível trófico (10,0 a 15,5 ‰), exceto os peixes onívoros pelágicos cuja posição trófica foi inferior. Observou-se sobreposição de nicho entre peixes carnívoros pelágicos e demersais, onívoros demersais, e detritívoros demersais. A menor amplitude de nicho isotópico dos peixes carnívoros pelágicos revela o uso de recursos especializados por esta guilda. A concentração de Hg (ng g -1 peso seco) diferiu significativamente entre peixes carnívoros demersais (185,3 peso seco; 27,8 peso úmido) e onívoros demersais (277,...

Dentre as quase 25.000 espécies de peixes conhecidas no mundo, destaca-se a Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) por apresentar características alimentares bem amplas. Trata-se de um peixe caçador de emboscada que por ser carnívoro piscívoro e topo de cadeia, tem se tornado motivo de discussão quanto ao papel que desempenha na regulação de outras populações de peixes. Não se limitando a piscivoria quando jovem também se alimenta de larvas de insetos, e quando adulta complementa sua alimentação com pequenos crustáceos. O objetivo do presente trabalho foi determinar parâmetros alimentares da população de Hoplias malabaricus nos períodos chuvoso e de estiagem na Lagoa Feia no Rio de Janeiro, a fim de se constatar possíveis mudanças no padrão alimentar dessa espécie em função das pressões antrópicas nesse ambiente. Para isso os exemplares de Hoplias malabaricus foram obtidos Novembro/09 e Julho/10. Dos espécimes foram analisados os conteúdos estomacais, e determinados índices de repleção estomacal (IRE) e estados de repleção estomacal (ERE), dos quais os resultados demonstraram majoritariamente a espécie Cyphocharax gilbert como índice alimentar preferencial da Hoplias malabaricus, o que não é comum visto a sua característica amplitude alimentar. Outro fato importante foram os altos índices de captura de alimento mesmo em períodos onde comumente a taxa alimentar da traíra é reduzida. Dessa forma esses indícios apontam para possíveis alterações na dinâmica da comunidade aquática dessa lagoa, certamente em função de perturbações pontuais ou difusas humanas, o que está levando a um aumento na oferta de alimento