O s textos aqui reunidos são oriundos da III Conferência Internacional Memória, Cultura e Devir – História, Antropologia e Literatura: práticas, discursos e performances em Iberoamérica, realizada na Universidade Federal do Ceará, no período de 2 a 5 de abril de 2019, sendo o resultado do reconhecimento da confluência de saberes de vários investigadores, que, ao longo dos últimos anos, têm trabalhado a área de fronteira entre a história, a antropologia e a literatura, bem como das confluências teóricas e metodológicas sobre as potencialidades, a criatividade e os riscos das zonas de limiar entre disciplinas das ciências sociais e humanas.
Um livro pode ser lido de muitos modos. aqui, a sensibilidade do leitor vai destrinçando os fios da trama a partir dos fragmentos de uma memória da dor nos depoimentos de familiares, filhos, amigos e viúvas dos trabalhadores ferroviários. observe-se a dimensão dos textos testemunhais em seu propósito político e educativo: transmitir experiências coletivas da luta política, assim como os horrores da repressão, em um intento de indicar caminhos e marcar com força o 'Nunca Mais', como na arguta abordagem de Elizabeth Jelin. Veja-se, inclusive, como este estudo pode suscitar seguidas reflexões sobre certas grandes ausências nas narrativas, como é o caso das mulheres. Num mundo do trabalho predominantemente masculino, elas terão assumido apenas os papéis prescritos: professoras, escriturárias, assistentes sociais? Na fotografia do iii Congresso Nacional sindical, em 1960, no teatro João Caetano, no rio de Janeiro, numa tomada do palco e da lateral do auditório, muitos engravatados e de paletó, outros em mangas de camisa e nenhuma mulher.Neste livro, uma diversa cartografia da cidade de Fortaleza. o autor esquadrinha a cidade em direção às estações do trem, aos bairros cortados pelos caminhos de ferro, aos espaços de confraternização e organização da classe,
Em defesa do livro livre! Esse o mote de entrada para começar esta prosa, assinalando em maiúscula e com a letra encarnada o que-fazer do Núcleo Antonio Candido de Estudos Literatura e Sociedade, na Universidade Federal do Ceará, espraiando-se para fora do limite da burocracia institucional e das exigências da ideologia do produtivismo. Se Irenísia Torres e Ana Amélia Cavalcante são suas principais animadoras, fazem-no com a camaradagem de pendor socialista acolhendo sem assimetrias aos estudantes, colegas professores e pesquisadores de distintas áreas do conhecimento. Esta publicação, ao modo de Coletânea de estudos e pesquisas, é uma sementeira do citado Núcleo. Um Tributo a Antonio Candido é também como se pode ler este livro. Nos diversos capítulos, vamos encontrar fulgurações de seu pensamento, não como uma interessada e certificadora referência, mas como um luminoso ponto de partida ou de indagação no novelo das pesquisas. O que é certo é que a leitura anotada à margem, dialogada em sala de aula ou como fruição e partilha do pensamento, motivaram os estudos donde partiu a anotação, a pergunta, a dúvida, o diálogo frutuoso.
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