As espécies do gênero Lippia (Verbenaceae) possuem diversas moléculas bioativas, oriundas do seu metabolismo secundário, que apresentam atividade antimicrobiana, analgésica, antifúngica e imunomoduladora. Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana in vitro do extrato metanólico das folhas de L. alnifolia, L. origanoides, L. insignis e L. thymoides frente a microrganismos de importância clínica. Foi realizada uma triagem fitoquímica dos extratos das plantas e a avaliação da atividade antimicrobiana pelo método de difusão em disco, além da determinação da concentração inibitória mínima (MIC) frente às bactérias Bacillus subtilis, Escherichia coli, Micrococcus luteus, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Salmonella choleraesuis, e os fungos Candida albicans e Candida glabrata. A presença de saponinas, terpenos, esteroides, cumarinas, ácidos fenólicos e flavonoides foi observada na análise fitoquímica. Os extratos metanólicos das folhas de L. alnifolia, L. origanoides e L. insignis apresentaram atividade antimicrobiana contra todas os microrganismos testados. O extrato metanólico da L. thymoides apresentou atividade antimicrobiana frente aos microrganismos M. luteus, P. aeruginosa, S. aureus, C. albicans e C. glabrata. A maioria dos extratos apresentou atividade bacteriostática e todos os extratos apresentaram atividade fungistática para C. albicans e fungicida para C. glabrata. A utilização dos extratos de Lippia pode ser uma alternativa viável no tratamento de doenças infecciosas de origem bacteriana e fúngica.
Ageratum conyzoides é uma planta medicinal nativa do Brasil, utilizada nas Farmácias Vivas do país, contudo ainda não existe a produção industrial do fitoterápico. Objetivos: Caracterizar a droga vegetal, avaliar a presença de alcaloides pirrolizidínicos (AP), os constituintes do óleo volátil, o teor de fenólicos/flavonoides da droga e do chá medicinal, e a capacidade antioxidante da droga vegetal. Métodos: Os ensaios de pureza e integridade foram realizados nas partes aéreas segundo testes farmacopeicos, a composição do óleo essencial realizada em CG/DIC e CG/EM, o teor de fenólicos e flavonoides totais foi realizada por espectrofotometria e a atividade antioxidante foi determinada pelo método do sequestro de DPPH e pelo sistema β-caroteno/ácido linoleico. Resultados: Não foi verificada a presença de AP, nas condições testadas, e o óleo essencial apresentou-se como quimiotipo precoceno I (82,7%). O teor de fenólicos para a droga vegetal foi de 14,20 mg EAG/g, e o teor de flavonoides totais de 3,24 mg EQ/g, enquanto para infuso e decocto o teor de flavonoides não diferiu. A CE50 da atividade antioxidante por sequestro do radical livre DPPH• foi de 1,12 mg/mL, com comprovação da capacidade de degradar radicais peróxidos, indicando uma ação antioxidante. Conclusões: A caracterização da droga vegetal de A. conyzoides contribui para a padronização dos dados qualitativos e quantitativos da matéria-prima vegetal, além do estudo ampliar o conhecimento da fitoquímica e atividade biológica da espécie.
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