RESUMO: Este artigo, com base nas pesquisas que a autora vem desenvolvendo, propõe-se a demonstrar que a relação entre trabalho e educação no regime de acumulação flexível se expressa através de uma diferente forma de materialização da dualidade estrutural. Neste regime de acumulação, ao contrário do que afirma o discurso pedagógico, a dualidade se aprofunda a partir da relação que se estabelece entre o mercado, que exclui a força de trabalho formal para incluí-la de novo através de diferentes formas de uso precário ao longo das cadeias produtivas, e um sistema de educação e formação profissional, que inclui para excluir ao longo do processo, seja pela expulsão ou pela precarização dos programas pedagógicos que conduzem a uma certificação desqualificada. A partir do princípio da integração produtiva que caracteriza este regime de acumulação, são apontadas, como proposta inicial para ser aprofunda, as categorias que constituem o que a autora chama de dualidade negada na acumulação flexível. Palavras-chave: Dualidade estrutural. Educação básica e profissional.Educação na acumulação flexível. FROM ASSUMED DUALITY TO DENIED DUALITY: FLEXIBILITY DISCOURSE JUSTIFIES SUBORDINATE INCLUSIONABSTRACT: Based on research undertaken by the author, this paper seeks to demonstrate that the relation between work and education in a regime of flexible accumulation is expressed through a different form of materialization of structural duality. Contrary to what is stated in the pedagogical discourse, in this regime of accumulation, * Doutora em Educação e professora titular aposentada da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
RESUMO: Este artigo propõe-se a analisar as novas políticas de formação de professores em face das mudanças ocorridas no mundo do trabalho e com base nas políticas educacionais que elas determinam desde a aprovação da LDB. Mostrando desde o caráter orgânico dessas políticas até a extinção dos postos de trabalho, a flexibilização e a polarização das competências, a autora demonstra que as políticas de formação inviabilizam a construção da identidade do professor como cientista da educação para constituí-lo como tarefeiro, dados o aligeiramento e a desqualificação de sua formação. Dessa forma, a autora pretende contribuir para que os professores e suas organizações estabeleçam uma pauta mínima de negociação com o MEC, tendo em vista assegurar as condições necessárias a uma formação que responda às novas demandas dos trabalhadores e excluídos.Palavras-chave: Formação de professores, políticas de formação, professores de Ensino Médio e profissional, educação e trabalho, trabalho e formação de professores IntroduçãoAo preparar-me para redigir este artigo, que deveria versar sobre as políticas de formação de professores de Ensino Médio e profissional, fui em * Professora titular do Setor de Educação da UFPR. Doutora em Educação.
Para falar de temas e tramas da pós-graduação em educação no Brasil, dividimos a exposição do texto em duas partes. Na primeira, retomamos alguns pontos da história da pós-graduação no país e indicamos uma inflexão importante neste processo, as mudanças induzidas pela avaliação da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) de 1996/1997 que, entre outros impactos, redesenhou o perfil da pós-graduação brasileira, que passa a priorizar fundamentalmente as atividades de pesquisa e de formação de pesquisadores. Na segunda, apresentamos alguns delineamentos teóricos que, a nosso ver, balizam as discussões acerca da produção de conhecimento nos dias de hoje, em particular nas áreas de ciências humanas e sociais e suas repercussões na pesquisa desenvolvida na área de Educação.
RESUMO:Este artigo se propõe a confrontar as políticas de Educação Profissional que vêm sendo formuladas no período compreendido entre 1995 e 2005, portanto, no segundo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso e no governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva, com as demandas da classe trabalhadora a partir das mudanças ocorridas no mundo do trabalho no regime de acumulação flexível. Para tanto, serão analisadas as políticas que vêm sendo formuladas para a classe trabalhadora nesse período, tomando por base as pesquisas que a autora vem realizando em empresas reestruturadas e no setor coureiro-calçadista, que vem sendo duramente afetado pela internacionalização do capital. Por intermédio deste confronto, que tomará como categorias a inclusão, a precarização, a polarização das competências e a relação entre o público e o privado, pretende-se analisar as possibilidades e os limites dessas políticas na qualidade de estratégias de inclusão subordinada, a partir da categoria contradição.Palavras-chave: Educação Profissional. Inclusão subordinada. Políticas públicas.
RESUMO: O artigo tem como objetivo analisar a reforma do ensino médio, regulamentada pela Lei nº 13.415/2017, no âmbito do regime de acumulação flexível. Essa reforma propõe-se a flexibilizar o ensino médio, pela possibilidade de escolha, pelo aluno, de um percurso de formação em uma área acadêmica ou técnica e profissional, a partir de sua trajetória e de seu projeto de vida, desde que assegurada a base nacional. Após fazer uma breve exposição dos pontos principais da reforma e das críticas que ela vem sofrendo, o texto a analisa sob dois pontos de vista: o ontológico e o epistemológico. Do ponto de vista ontológico, aponta-se que a reforma do ensino médio responde ao alinhamento da formação ao regime de acumulação flexível. Analisada a base material que deu origem à reforma, do ponto de vista epistemológico o texto confronta as concepções de conhecimento e aprendizagem da modernidade e da pós-modernidade, a partir do que trata das concepções de protagonismo do aluno e do professor. This reform is intended to make high school teaching more flexible by allowing students the possibility to make choices on the path to graduation in an academic or technical and professional field through the trajectory of their life project since the national basis is ensured. After a brief outline of the main points of the reform and the criticisms it has undergone, the text analyzes it from two viewpoints:*Artigo resultante da pesquisa "Limites e possibilidades da politecnia no modo de produção capitalista: escola politécnica ou práticas de integração
RESUMO: Este artigo tem como objeto a formação de professores para o ensino médio. Parte do pressuposto de que a formação de professores, à medida que se constitui em estratégia de reprodução do capital, não se separa da esfera da produção, com o que há propostas diferenciadas e desiguais que atendem às diferentes necessidades de formação para o trabalho; em decorrência, reduz-se a autonomia relativa das propostas pedagógicas. A partir desse pressuposto, mostra que o capitalismo forma seus professores primariamente, no âmbito das relações sociais e de produção, e secundariamente, mediante cursos de formação inicial e continuada. Analisa os dados relativos à formação inicial e ao perfi l do professor e referencia as políticas, as diretrizes e as propostas do Plano Nacional de Educação para o período de 2011-2020.Palavras-chave: Formação de professores. Docência no ensino médio. Trabalho docente no capitalismo. Hієѕ Ѡѐѕќќљ ѡђюѐѕђџ ѡџюіћіћє: ќљё ѝџќяљђњѠ, ћђѤ ѐѕюљљђћєђѠABSTRACT: This paper focuses high school teacher training. It assumes that, since it is a strategy to reproduce capital, teacher training cannot be separated from the sphere of production. Thus, diff erent, unequal proposals try to meet the diff erent needs of training for work. The autonomy of the pedagogical proposals is thus reduced. Based on this assumption, the text shows that capitalism primarily prepares teachers in the framework of social and productive relationships, and secondarily through initial and continuing training courses. It then analyzes the data on initial training and teacher profi les and confront them to the policies, directives and proposals of the National Education Plan for 2011-2020.
RESUMO:Este artigo tem como objeto as propostas para o ensino médio que deverão ser contempladas no Plano Nacional de Educação (PNE), a partir da Conferência Nacional de Educação, de 2010. Apoiado nos documentos produzidos pelo MEC, pelo CNE e pela sociedade civil, o texto analisa os dados referentes ao acesso e à qualidade do ensino médio no âmbito do PNE [2001][2002][2003][2004][2005][2006][2007][2008][2009][2010]. A partir desta análise, o texto aponta para a necessidade de conferir materialidade ao discurso acerca da universalização da educação básica com qualidade social, para o que é fundamental a institucionalização do Sistema Nacional de Educação como elemento articulador de um esforço coletivo, tendo em vista a ampliação do acesso e da qualidade do ensino médio. O texto analisa a estagnação ocorrida no período de 2001-2010 e aponta a inversão da dualidade estrutural, mediante a desqualificação da oferta de ensino médio de educação geral para os que vivem do trabalho. Ao longo da análise, a autora enfatiza as metas que deverão ser consideradas na elaboração do novo PNE, tendo em vista a qualidade e a universalização do ensino médio.Palavras chave: Ensino médio. Plano Nacional de Educação. Educação básica.
RESUMO: O texto propõe-se a desvendar o caráter ideológico do discurso oficial que afirma que o novo Ensino Médio agora é para a vida, em substituição ao modelo que, ao integrar educação geral e profissional em uma mesma rede, era para o trabalho, entendido como "não vida". A autora mostra que, contrariamente ao discurso, a nova proposta atende aos interesses dos incluídos, na perspectiva das demandas da acumulação flexível, apresentando o interesse de uma classe como interesse universal. Para fazê-lo, apresenta a nova proposta como "única", e, por ser igual para todos, democrática; ao contrário, ao tratar igualmente os diferentes, ela é discriminatória e excludente. A autora defende uma proposta que permita a todos ter acesso a todas as áreas do conhecimento, mostrando a possibilidade de a escola pública, ao usar diferentes mediações, minimizar os efeitos das desigualdades decorrentes da precarização cultural em face das diferenças de classe.Palavras-chave: Ensino Médio, educação para o trabalho, educação tecnológica, educação profissionalAprender para a vida. Esta é a filosofia básica da reforma do Ensino Médio que o Ministério da Educação (MEC) vem implementando no País. A reforma começou com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996. Um dos pontos principais da reforma é a separação da Educação Profissional do ensino regular. A partir de agora, a formação técnica é um complemento da Educação geral e não um pedaço dela. Com essa mudança, o ensino profissional pode ser
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