A filosofia (enquanto noologia) nunca mais precisará ser funcionária de nenhuma “humanidade” particular, muito menos europeia? Minha sugestão é que ela se encontra no Parmênides, de Platão, e o objetivo do estudo a ele dedicado, a seguir, é passar à leitura integral desse “diálogo” formidável, a fim de apresentar o critério noético dessa universalidade radical capaz de assegurar a paradoxal ocasião em que um princípio absoluto é formulado de um modo que, se alguém disser que ninguém tem necessidade de princípios para viver, estará dando razão a ela, mas se outrem disser que, sem um princípio nada pode ser feito, pensado ou realizado, também estará dando razão a ela; e quem quiser propor, dentro de um certo projeto de realidade particular, outro princípio como, este sim, sendo o mais radical, terá, de partida, anulada sua pretensão, pois não passará na prova mais simples, que é a de que esse suposto princípio mais universal do que nosso princípio “fonológico” jamais poderá ser descoberto no campo “fonético”, nativo, mas somente no campo transcendental
A fidelidade a Paul Ricoeur está longe de ser alcançada pela consideração à literalidade de suas ideias. Ser fiel a ele é reproduzir, antes,seu próprio modo de ser fiel a outros autores: levando adiante o movimento do pensar que uma vez o animou, responsabilizando-se pelo que vem pelafrente. Este ensaio, sobre um conceito tão íntimo dele, o de identidade narrativa, procura oferecer o modo como seu próprio autor, partindo de Ricoeur,o concebeu e o desenvolveu.
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