RESUMO Neste artigo, analisamos as operações do pensamento histórico de jovens estudantes buscando enfatizar a concepção de “evidência”, ideia preconizada pelo campo da Educação Histórica. Mediante a produção de narrativas escritas, perscrutamos a forma como o adolescente se apropria de referências históricas para respaldar suas opiniões, interpretar conceitos substantivos e perspectivar seu próprio futuro. O estudo foi realizado em uma escola pública estadual, localizada no Butantã, em São Paulo, entre maio e junho de 2016. Participaram 106 estudantes, entre 12 e 16 anos de idade, dos gêneros masculino e feminino, do 8º e do 9º ano do Ensino Fundamental. Os dados foram coletados a partir de um questionário e analisados segundo os pressupostos da Grounded Theory, com auxílio do software IRAMUTEQ. Os resultados mostraram as dificuldades do jovem no processo de construção do pensamento histórico, denotando a complexidade desta operação mental.
REIS, Aaron Sena Cerqueira. Brazil in times of crisis: a study on the historical consciousness of young students. 2019. 181 p. Thesis (Doctorate in Education)
(2007). Na mais recente obra, traduzida para o português por Estevão Chaves de Rezende Martins -professor do Departamento de História da Universidade de Brasí-lia -, o filósofo da história propõe uma revisão de sua teoria, publicada originalmente na década de 1980. Nela, reconhece o pesquisador, não foi possível considerar todo o debate "relevante" e necessário para uma "inovação" de suas ideias. Porém, ao recorrer aos seus próprios trabalhos -aqueles que originaram a trilogia e, também, produções posteriores -, Rüsen nos oferece uma síntese do que há de mais importante e atual em sua obra.
Resumo Neste artigo, analisamos as percepções de jovens estudantes sobre o Brasil a partir do diálogo entre as teorias da consciência histórica e das representações sociais. Mediante a produção de narrativas escritas, buscamos identificar as visões de mundo que os participantes utilizam para orientar-se no tempo e perspectivar seu futuro. Com isto, intentamos valorizar as construções mentais de sujeitos em situação escolar, contribuindo com o fortalecimento das pesquisas no âmbito do Ensino de História. O estudo foi realizado em uma escola pública estadual, localizada no bairro Butantã, na cidade de São Paulo/SP, no ano de 2017. Participaram 127 estudantes, entre 14 e 18 anos de idade, dos gêneros masculino e feminino, distribuídos em cinco turmas do 1º ano do Ensino Médio. Os dados foram coletados a partir de um questionário e analisados segundo os pressupostos da Grounded theory com auxílio do IRAMUTEQ. Este software viabilizou a construção de um dendograma composto por três classes que implicaram a identificação de representações sobre o tempo presente (classe 1), articulações com o passado (classe 2) e projeções para o futuro (classe 3). De acordo com os resultados, evidenciamos ideias relacionadas à percepção de um país em crise, com um passado preconceituoso e um futuro, contraditoriamente, promissor. Trabalhadas em sala de aula, essas ideias podem contribuir com a formação da consciência histórica dos estudantes.
Neste artigo, objetiva-se compreender as concepções de jovens estudantes sobre assuntos históricos. A partir das contribuições epistemológicas do ensino de História, consideramos as respostas apresentadas pelos/as informantes a um instrumento de pesquisa composto pela seguinte questão: Qual o assunto da História você considera mais importante? Explique por quê. As respostas dos 199 participantes foram analisadas segundo os pressupostos da Grounded Theory. Com este método, identificamos diferentes conceitos que foram categorizados em um dendograma composto por três classes. Este processo foi auxiliado pelo IRAMUTEQ, software que viabiliza diferentes tipos de análise textual com base na frequência das palavras. Os resultados mostraram concepções ligadas a uma perspectiva tradicional de história, exemplificada com os assuntos relativos à história do Brasil, e a uma percepção da história geral, sobretudo a partir da abordagem da história do tempo presente.Palavras-chave: Ensino de História. Concepções históricas. Estudantes.
Neste artigo, refletimos sobre as relaçõesentre o Ensino de História e a Educaçãode Surdos, em uma tentativa de mapear oestado da arte. Por meio de um estudo derevisão de literatura, consultamos o Catálogode Teses e Dissertações da CAPES,a Biblioteca Digital Brasileira de Teses eDissertações e o Google Acadêmico, plataformasde busca de trabalhos científicoscom acesso livre. Em cada base, realizamoso cruzamento dos descritores “ensino”,“história” e “surdez” ou “surdo” sobo uso do operador booleano “AND”.Desse modo, identificamos onze (11)dissertações cujos focos recaíam sobre oEnsino de História e os Estudos Surdos.Os textos foram classificados em três categoriasque, em linhas gerais, evidenciaramdificuldades relacionadas a formaçãoinicial e continuada de professores,bem como o desconhecimento da culturasurda para um ensino de História inclusivo.
RESUMO Neste artigo, objetiva-se compreender o pensamento histórico de jovens estudantes sobre o Brasil. A partir das contribuições teórico-metodológicas da Educação Histórica, analisamos os conceitos substantivos e de segunda ordem mobilizados para responder a seguinte questão: Considerando as notícias que você obteve por meio de telejornais, revistas, internet ou outros meios de comunicação, como você explicaria a atual situação do Brasil? As respostas dos 111 participantes foram analisadas segundo os pressupostos da Grounded Theory. Com este método, identificamos diferentes conceitos que foram categorizados em um dendograma composto por três classes. Este processo foi auxiliado pelo IRAMUTEQ, software que viabiliza diferentes tipos de análise textual com base na frequência das palavras. Os resultados implicaram na compreensão de agentes, entidades, dentre outros fatores relacionados à ideia de “crise” (classe 3). Além disso, os estudantes lançaram mão de explicações, baseadas em “causas” (classe 1) e “consequências” (classe 2) para o referido conceito substantivo.
Ralejo reúnem parte dos trabalhos apresentados no XI Encontro Nacional de Pesquisadores do Ensino de História (ENPEH), um dos mais importantes eventos sobre Ensino de História realizado no Brasil. Embora não contemple toda a dimensão teórico-metodológica das discussões encetadas no evento, a compilação das falas de experientes convidados aponta alguns dos desafios enfrentados por uma área que se localiza, muitas vezes, em um "lugar de fronteira". Cunhado pela própria Ana Maria Monteiro em parceria com Fernando de Araujo Penna (2011), este conceito é um dos principais eixos a partir do qual o livro, dividido em três partes, foi construído.Já nos primeiros capítulos, é possível perceber o teor politizado da obra, preocupada com movimentos que interferem no ambiente escolar e abalam direitos fundamentais relacionados à Educação. Neste sentido, Fernando Seffner discorre sobre a conjuntura política atual que, marcada por uma guinada conservadora, lança ataques à democracia e à diversidade cultural, bem como flerta com o retorno de práticas autoritárias. Consequentemente, o autor percebe a escola pública em cheque: por um lado, sendo criticada tanto por movimentos sociais (que a acusa de práticas de exclusão) quanto pelos discursos neoliberais (que reduzem a Educação à esfera do consumo e da meritocracia); por outro lado, tem-se a má compreensão do papel do professor, cuja liberdade de ensinar tem sido questionada.Corroborando com esta percepção, Durval Muniz de Albuquerque Júnior tece críticas às tolas aspirações de grupos identificados com a direita política, segundo as quais é possível fomentar uma prática de ensino isenta de valores. Inspirado no pensamento de Michel Foucault, o estudioso propõe uma "desnaturalização" tanto do objeto quanto do sujeito escolar, atitude capaz de ampliar o campo de visão de pesquisadores, favorecendo a percepção da escola como um espaço de resistências -não de obviedades -e do professor como um sujeito "situacional, pragmático e relacional". Para Albuquerque Júnior, atentando-se não apenas aos discursos produzidos no ambiente escolar, mas, sobretudo, às performances corporais, o professor continuará sendo um sujeito incômodo, pois, com ele, diferentes valores adentram às escolas.
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