ResumoEste estudo teve como objetivo analisar o efeito da idade de folhas de erva-mate, colhidas em ervas cultivadas e nativas, sobre a população de fungos endofíticos. Como resultado, verificou-se que ocorre uma maior diversidade de fungos endofíticos em folhas adultas de erva-mate do que em folhas jovens. A diversidade foi maior nas plantas nativas, com uma microbiota mais abundante, decorrente de um ambiente sombreado e úmido, mais propício para o seu desenvolvimento, diferente de um agroecossistema. Plantas de erva-mate nativa apresentaram fungos endofíticos de gêneros com potencial de biocontrole que deveriam ser testados quanto à capacidade de induzir proteção contra pragas e doenças. Palavras-chave: Filoplano; Ilex paraguariensis; micologia. A. St.-Hil.) leaves. This study was done to analyze effects of leaves age of mate collected in cultivated and native plants, on the endophytic fungal population. Diversity of endophytic fungi in old leaves was higher than in young leaves. Diversity was also higher in native plants, with an abundant microbiota, probably in consequence of a shadowed and humid environment, very different than in agroecosystems. Plants of native mate showed genera of fungi with potential for biocontrol that should be tested on its ability to induce protection against insects and diseases. Keywords: Ilex paraguariensis; mycology; phylloplane. Abstract Endophytic fungi on mate (Ilex paraguariensis INTRODUÇÃOA erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hil.) é uma planta pertencente à família Aquifoliaceae. Essa família é considerada cosmopolita, ocorrendo em quase todas as regiões do planeta, totalizando um total de 600 espécies (GILBERT, 1995). A erva-mate é a principal espécie comercial plantada e explorada no Cone Sul, em países como Argentina, Brasil e Paraguai. A planta I. paraguariensis é uma espécie umbrófila, de clima temperado subtropical, com chuvas regularmente distribuídas ao longo do ano (CARVALHO, 1994). Ocorre naturalmente em solos profundos, bem drenados, ligeiramente ácidos, mas não tolera solos alagados e muito compactados.A importância da erva-mate, atualmente, concentra-se na área de bebidas por infusão, como chás, chimarrão, tererê e sucos (CARVALHO, 1994). O consumo do chá descende de um costume indígena, que o utilizava como estimulante. Muitos estudos têm sido feitos a respeito da utilização de produtos e subprodutos da erva-mate em outras aplicações. Dentre as já existentes, temos a utilização como conservante natural, corante natural, estimulante do sistema nervoso e no tratamento de hipertensão, bronquite e pneumonia, bactericida, como esterilizante natural e na fabricação de cosméticos (BASSANI; CAMPOS, 1997).Como o ambiente típico da erva-mate é a Mata Atlântica, floresta com grande biodiversidade, isso pode explicar as diferenças morfológicas visíveis nas plantas. Aspectos como altura da planta, tamanho e formato das folhas, suscetibilidade às doenças e pragas variam de planta para planta,
A silvicultura brasileira tem empregado o eucalipto pela sua adaptabilidade, rápido crescimento e produtividade, além de possuir outras características como a qualidade, diversidade e adequação de sua madeira para a indústria. Para tal, existe a necessidade de uma produção contínua de mudas, as quais podem ser atacadas pelo fungo Oidium sp. O controle do oídio é feito com fungicidas, mesmo não havendo produtos registrados para o eucalipto. O objetivo deste trabalho foi avaliar produtos alternativos (sais e tanino, óleos, extratos de plantas, leite e derivados, e antagonistas) para o controle desta doença comparando os mais promissores com fungicida. Os produtos foram pulverizados em mudas de Eucalyptus benthamii Maiden & Cambage e mantidas em casa-de-vegetação com alto potencial de inóculo de Oidium sp. A severidade da doença foi avaliada por meio de uma escala de notas de 0 (ausência de sintomas) a 4 (sintomas muito severo) e calculada a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Verificou-se que, os menores valores de AACPD de oídio foram obtidos com piraclostrobina + epoxiconazol, que controlou 92 % da doença, e os melhores produtos alternativos testados foram o leite de vaca e Lecanicillium sp. que controlaram respectivamente 36,5 % e 33,9 % da doença no ensaio comparativo.
Patógenos florestais quarentenários para o Brasil CELSO GARCIA AUER ALVARO FIGUEREDO DOS SANTOS ALBINO GRIGOLETTI JUNIOR RESUMOEste trabalho resume as informações sobre os patógenos florestais registrados na lista A1, de pragas quarentenárias para a região do Comitê de Sanidade Vegetal do ConeSul (COSAVE). São apresentados aspectos como hospedeiros, sintomatologia, importância econômica e potencial de introdução e controle dos patógenos Bursaphelenchus xylophilus, Cronartium spp., Drepanopeziza populorum, Endocronartium harknessii, Erwinia salicis, Gimnosporangium spp., Mycosphaerella dearnessii, M. gibsonii e Xanthomonas populi. As principais vias de introdução destes patógenos seria na forma de sementes contaminadas ou em material para propagação vegetativa que esteja infectado. A melhor medida de controle seria o tratamento de qualquer material vegetal importado, com os produtos recomendados para o patógeno quarentenário, o plantio e quarentena pós-ingresso em estufas sob inspeção contínua, até se garantir a sanidade das mudas, antes da liberação. Os plantios comerciais brasileiros de Pinus e Populus estão aparentemente resguardados, porém não foram listados patógenos quarentenários para o gênero Eucalyptus e para a acácia-negra. Um aspecto a ser ressaltado é a necessidade de um serviço de prospecção e vigilância para a detecção precoce destes patógenos, a fim de que sejam tomadas medidas para erradicação e controle.
RESUMOUma das espécies mais utilizadas na arborização de Curitiba é o ipê-amarelo, Tabebuia chrysotricha (Mart, ex DC.) Standl. Em 1998, verificaram-se algumas anormalidades em árvores de ipê-amarelo, em vias públicas de Curitiba, como a floração irregular e a redução da frutificação. As seguintes hipóteses foram formuladas, para explicar estas anormalidades: mudanças climáticas, estresse, idade das árvores e a ocorrência de doenças. Neste estudou-se as principais doenças do ipê-amarelo, na Região Metropolitana de Curitiba. Análises fitopatologicas foram feitas em sementes, em mudas e em árvores, em área urbana. As sementes apresentaram fungos potencialmente patogênicos como Fusarium, Alternaria, Phomopsis e Phoma. As doenças constatadas em mudas e árvores de ruas foram a crosta-marrom causada por Apiosphaeria guaranitica, o oídio e a fumagina. A doença crosta-marrom revelou-se como a mais severa e prevalente em áreas urbanizadas. Palavras chave : arborização urbana, diagnose, fungo, patologia de sementes SURVEY OF DISEASES ON IPÊ-AMARELO (Tabebuia chrysotricha) IN CURITIBA, PARANÁ STATE ABSTRACTOne of the most used tree for urban forestry at Curitiba is ipê-amarelo, Tabebuia chrysotricha (Mart, ex DC.) Standl. In 1998, some anormalyties were noted on ipê-amarelo trees, on Curitiba streets, such as irregular flowering and fruiting. In order to explain this fact, some hypotheses were formulated: climate change, tree age and occurrence of diseases. This study was developed to know the diseases on this species, at Metropolitan Region of Curitiba. Seed pathology and diagnosis of diseases were performed on seeds, seedlings and urban trees. Pathological analysis on seeds revealed potential pathogenic fungi as Fusarium, Alternaria, Phomopsis and Phoma. The following diseases were found on seedlings and trees: corky leaf spot of ipê-amarelo caused by Apiosphaeria guaranitica, powdery mildew and sooty mold. The most frequent and severe disease on trees was corky leaf spot, in urban areas. INTRODUÇÃOAs árvores contribuem para tornar o ambiente urbano mais agradável, melhorando as condições de vida nas cidades. Dentre as espécies mais plantadas na arborização urbana de Curitiba, está o ipê-amarelo, Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. Esta espécie é considerada importante para plantio em área urbana, principalmente pelo seu porte baixo e sua aceitação pela população. Trata-se de uma árvore com belíssima floração amarela, que antecedendo a primavera. Uma outra espécie de ipê-amarelo, também utilizada neste município, é a Tabebuia alba (Chamisso) Sandwith.Em 1998, nas vias públicas de Curitiba, foram observadas as seguintes anormalidades nas árvores de T. chrysotricha: a irregularidade na quantidade e freqüência do florescimento e a redução de frutificação. Algumas hipóteses foram inferidas acerca das anormalidades citadas, tais como a ocorrência de doenças, a alteração nas condições climáticas daquele
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