Women's and Healthcare Workers’ Beliefs and Experiences Surrounding Abortion: The Case of Haiti

Abstract

Purpose Women in developing countries usually encounter serious inequities in terms of women’s health. To date, there is limited understanding of abortion from the perspective of Haitian women. As a limited-resource country, Haiti faces complex social issues and healthcare challenges. With abortion being illegal, many adult and teenage women seek clandestine abortions. The aim of this study was to explore and gain a greater understanding of women’s and healthcare workers’ beliefs and experiences about abortion in Haiti. Methods Descriptive qualitative design was used to elicit information for the study. Eight focus groups were conducted with Haitian women and healthcare workers in five communities in the south of Haiti: Les Cayes, Aquin, St. Louis du Sud, Cavaillon, Maniche, and Ile a Vache. Participants were purposively selected and consented to participate and to be tape recorded. Content analysis followed using the verbatim transcripts, with triangulation of four researchers; saturation was reached with this number of focus groups. Findings The transcripts revealed six main themes regarding beliefs and experiences about abortion in Haiti: cultural aspects, consumers, perils of care, and legal concerns. Both women and healthcare workers discussed the repercussions of illegal abortion and the role of the government and hospitals. Participants identified similar perils and complications of unsafe abortions, such as postpartum hemorrhage and infection. Conclusions Results showed an urgent need to create a public health response that addresses different dimensions of abortion by engaging women and healthcare providers in rapid and concrete actions that promote access and safe care of women. It is imperative to conduct more research related to abortion in order to examine other associated factors to better understand the links between abortion and sexual health disparities among Haitian women. These results highlight the need for a rapid response to the need of this vulnerable group, who are experiencing high rates of mortality. This can also serve as a directive to approach this issue in other developing countries in the Caribbean region, particularly from its clinical relevance. Clinical Relevance Unsafe abortions are prevalent in developing countries; yet limited research exists on the topic. It is paramount to gain an understanding of the women’s and healthcare workers’ beliefs and experiences surrounding abortion, in order to develop interventions that prevent abortion complications in Haitian women.

Narrativas das mulheres submetidas ao abortamento clandestino: uma revisão integrativa / Narratives of women undergoing clandestine abortion: an integrative review

“…A partir da análise dos nove artigos finais, podem-se observar aspectos comuns entre as mulheres que realizam o aborto clandestino -jovens, baixo nível socioeconômico, Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.2, p. 8963-8980 mar./apr. 2021 raça negra, status civil no momento da descoberta, crenças religiosas, baixa escolaridade e pouco conhecimento sobre métodos contraceptivos 5,7,8,9 .…”

“…Uma das entrevistadas de um estudo relatou: "Eles teriam grandes problemas se os pais soubessem que eles estão fazendo sexo. De acordo com sua crença religiosa, apenas casados devem fazer sexo" 9 ; já outra, que realizou o procedimento aos 15 anos, concluiu: "Não acho que minha mãe ia deixar eu tirar. Ela é mega católica.…”

“…Como pode-se perceber pelos depoimentos, não apenas os temores das próprias mulheres afetam os seus sentimentos e emoções, mas essas são, também, influenciadas por estigmas sociais e religiosos 9 . Na esfera social, há insegurança e medo de julgamento ao lidar com uma possível gravidez, principalmente pelas mulheres jovens, que ainda não tem uma situação de vida consolidada, como foi relatado por uma das entrevistadas: "Em primeiro lugar, ela não quer perder um ano de escola; segundo, ela não quer ter problemas com os pais; finalmente, ela não quer que seus colegas saibam que ela está grávida" 9 . Soma-se à esses receios a ausência de suporte afetivo desde o momento da descoberta da gestação até a consolidação da interrupção e suas consequências e sentimentos após o ato.…”

“…A utilização de chás, líquidos e ervas para efeitos abortivos faz parte da cultura feminina reprodutiva e a partir do momento em que essas técnicas falham e não causam a menstruação, inicia-se a procura por outros procedimentos e medicamentos 6 , embora grande parte das mulheres tenha relatado pouco conhecimento sobre os métodos ou informações sobre o seu uso 4 . As fontes de informação inicial sobre os métodos de aborto citados variaram entre amigos, familiares, conhecidos, parceiro e internet 4, 5,9 . Além disso, em um dos estudos apenas algumas O procedimento realizado em clínicas clandestinas revela, muitas vezes, um maior investimento financeiro, uma vez que muitos dos responsáveis se aproveitam desse momento mais vulnerável das pacientes 4,6 , e, maiores articulações e estratégias tanto por parte das mulheres quanto dos profissionais que realizam clandestinamente os abortos, como explicitado pelo relato de uma entrevistada: "[...] fiz uma busca na ficha do medico através do seu CRM e para minha alegria, não havia nenhuma denuncia ou algo que o condenasse negativamente.…”

“…Já em outro estudo, a maioria das mulheres relatou que a clínica e os equipamentos estavam limpos, embora não soubessem informar se os instrumentos utilizados eram esterilizados e apropriados para o uso 1 . Além das clínicas privadas, algumas mulheres relataram que os procedimentos foram realizados em domicílio ou farmácias, supostamente por enfermeiras ou médicos 4 , ou até mesmo pelas próprias mulheres, curandeiras, parteiras ou charlatães 9 .…”