“…Desde 2006, por exemplo, o paleogeoquímico e paleobotânico Ricardo Pereira, do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco, e o paleontólogo Ismar de Souza Carvalho, do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e colaboradores, têm conduzido pesquisas de caracterização geoquímica e molecular de folhelho, âmbares e vegetais fossilizados de Bacias Sedimentares do Nordeste do Brasil, utilizando técnicas analíticas diversas, tais como cromatografia gasosa convencional e bidimensional acopladas à espectrometria de massas quadrupolar, e espectrometria de massas de razão isotópica(PEREIRA et al, 2006;2009a;2009b;2011a;2011b;. Os grupos de compostos orgânicos encontrados nas amostras têm possibilitado identificar taxonomicamente distintos grupos de plantas.É válido mencionar que nesta breve perspectiva não estou considerando nem mesmo aqueles fósseis de diversos táxons brasileiros traficados para fora do país, que poderiam render inúmeras pesquisas brasileiras, nos quais os pesquisadores estrangeiros que os estudaram descobriram múltiplos achados de tecidos moles do tipo mineralizados e não mineralizados(MARTILL, 1989;MARTILL;UNWIN, 1989;FREY; TISCHLINGER, 2000; FREY et al, 2003;VINTHER et al, 2008;SMYTH et al, 2020).Em 2016, outro grupo de pesquisa coordenado pela tafônoma Mirian Forancelli Pacheco, do Departamento de Biologia da Universidade Federal de São Carlos (Campus Sorocaba), coordenou uma investigação paleométrica utilizando diversas técnicas complementares a fim de entender a preservação de tecidos moles mineralizados e lábeis em insetos fósseis. Os resultados da pesquisa sugeriram que biofilmes bacterianos auxiliaram em sua decomposição e preservação(OSÉSet al, 2016).…”