What keeps family physicians busy in Portugal? A multicentre observational study of work other than direct patient contacts

Abstract

ObjectivesTo quantify the time spent by family physicians (FP) on tasks other than direct patient contact, to evaluate job satisfaction, to analyse the association between time spent on tasks and physician characteristics, the association between the number of tasks performed and physician characteristics and the association between time spent on tasks and job satisfaction.DesignCross-sectional, using time-and-motion techniques. Two workdays were documented by direct observation. A significance level of 0.05 was adopted.SettingMulticentric in 104 Portuguese family practices.ParticipantsA convenience sample of FP, with lists of over 1000 patients, teaching senior medical students and first-year family medicine residents in 2012, was obtained. Of the 217 FP invited to participate, 155 completed the study.Main outcomes measuredTime spent on tasks other than direct patient contact and on the performance of more than one task simultaneously, the number of direct patient contacts in the office, the number of indirect patient contacts, job satisfaction, demographic and professional characteristics associated with time spent on tasks and the number of different tasks performed, and the association between time spent on tasks and job satisfaction.ResultsFP (n=155) spent a mean of 143.6 min/day (95% CI 135.2 to 152.0) performing tasks such as prescription refills, teaching, meetings, management and communication with other professionals (33.4% of their workload). FP with larger patient lists spent less time on these tasks (p=0.002). Older FP (p=0.021) and those with larger lists (p=0.011) performed fewer tasks. The mean job satisfaction score was 3.5 (out of 5). No association was found between job satisfaction and time spent on tasks.ConclusionsFP spent one-third of their workday in coordinating care, teaching and managing. Time devoted to these tasks decreases with increasing list size and physician age.

Computer use in primary care and patient-physician communication

“…Physicians' generalized concerns on the impact of computer use could also be explained by the recent introduction of information system on Portuguese primary care units and by the fact that organizational and professional assignment are still ongoing [41]. One study, by Granja and collaborators, that evaluated tasks other than personal contact with patients by Portuguese family physicians, revealed that physicians spent, on average, 5.7 minutes daily with computer system malfunctions [51]. It is natural that positive expectations about information system become defrauded and physicians feel overloaded by the time spent with disturbing computer errors and troubles related to its malfunction.…”

Sistema português de saúde mental: avaliação crítica do modelo de pagamento aos prestadores

“…Nas USF-A, esta situação poderá ter menos importância porque o efeito do P4P é atenuado pelo facto de os incentivos serem pagos à equipa e não aos profissionais. Apesar de esta situação não ocorrer nas UCSP, o grande número de doentes que têm que tratar e o número insuficiente de médicos de família em algumas regiões [31] não são favoráveis à realização de consultas longas [32]. …”

Gestor do doente ou um médico de família disponível

“…A multicentre observational study of work other than direct patient contacts teve, entre outros objetivos, o de quantificar o tempo consumido, pelos Médicos de Família Portugueses, noutras tarefas que não o contacto direto com o paciente. 12 Neste estudo de Granja et al, o tempo médio gasto noutras tarefas, que não o contacto direto com o paciente, foi superior a 11 horas semanais, valor inferior ao de outros estudos realizados nos EUA. 12 Metade do tempo gasto nestas tarefas, sem contacto direto com o paciente, esteve diretamente relacionado com atividade assistencial, permitindo garantir a acessibilidade, a continuidade e a coordenação de cuidados.…”

“…12 Neste estudo de Granja et al, o tempo médio gasto noutras tarefas, que não o contacto direto com o paciente, foi superior a 11 horas semanais, valor inferior ao de outros estudos realizados nos EUA. 12 Metade do tempo gasto nestas tarefas, sem contacto direto com o paciente, esteve diretamente relacionado com atividade assistencial, permitindo garantir a acessibilidade, a continuidade e a coordenação de cuidados. 12 Olhando para a realidade Portuguesa, existe um paradoxo preocupante entre a necessidade de tempo protegido para tarefas que trazem melhoria de eficiência assistencial, bem como possibilidade de reflexão sobre a prática e investigação e a prioridade dada à atividade assistencial direta, com restrição temporal (quantidade vs qualidade) definida pelos decisores.…”

“…12 Metade do tempo gasto nestas tarefas, sem contacto direto com o paciente, esteve diretamente relacionado com atividade assistencial, permitindo garantir a acessibilidade, a continuidade e a coordenação de cuidados. 12 Olhando para a realidade Portuguesa, existe um paradoxo preocupante entre a necessidade de tempo protegido para tarefas que trazem melhoria de eficiência assistencial, bem como possibilidade de reflexão sobre a prática e investigação e a prioridade dada à atividade assistencial direta, com restrição temporal (quantidade vs qualidade) definida pelos decisores. Gastando os médicos, em média, 11 horas semanais e estando a ser reduzido esse tempo protegido 12 deixar-se-ão de realizar essas tarefas de retaguarda que trazem ganhos de eficiência ou serão efetuadas em tempo pessoal?…”