O artigo reflete sobre as experiências sexuais de jovens de uma escola do Recife (PE), considerando a agência das novas tecnologias da informação e comunicação. É um ensaio etnográfico realizado por meio de observação participante na escola e nas redes sociais na internet, e também através de rodas de conversa. O smartphone e as redes sociais online são importantes agentes na construção de significados e práticas sexuais. Seguidores/as, crushes, namorados/as, ficantes e assediadores são personagens de roteiros eróticos que povoam interações afetivo-sexuais nos perfis do Facebook e Instagram. Os perfis são expressões online do si mesmo e são produzidos cuidadosamente, de modo a receber curtidas e comentários, expressões de que se é desejado/a. Curtidas, conversas e afinidades são elementos importantes para a emergência do sexo à distância online, que vai ocorrer no privado das redes, em especial no Messenger e no Whatsapp.