Webjornalismo participativo e a produção aberta de notícias

Abstract

Este artigo traz um estudo sobre a escrita coletiva de noticias, as condições sociais e tecnológicas que viabilizaram a emergência do webjornalismo participativo, além das contribuições e riscos trazidos por esse fenômeno. Discute-se também os processos de gatekeeping e gatewatching e as diferentes formas de participação na escrita e edição de notícias a partir da análise de diferentes exemplares de noticiários produzidos por cidadãos-repórter.

The Aesthetic Politics of Unfinished Media: New Media Activism in Brazil

“…Before the internet, the free radio movement, which gained force in the 1960s and 1970s in Europe and in the 1980s in Brazil, proposed that “news be told by its protagonists” (Primo and Träsel , 42). In 1999, Indymedia was founded as an online space for reports by antiglobalization protesters in Seattle.…”

Jornalismo colaborativo em novas plataformas: estratégias do Pro-Am em aplicativos de redes sociais

“…A apropriação, a recirculação e a produção colaborativa ( Jenkins, 2001( Jenkins, , 2008Zago, 2011) de materiais e de informações em diferentes plataformas são comuns nesse contexto ( Jenkins, 2008). O registro e o compartilhamento de determinados fatos pelos cidadãos são potencializados a partir das facilidades da Web 2.0 (O'Reilly, 2005;Romaní e Kuklinski, 2007;Gillmor, 2005;Primo e Träsel, 2006;Träsel, 2006;Barbosa, 2007;Belochio, 2009;Silva, 2013;Lindemann, 2014).…”

“…A utilização estratégica dos seus recursos intensifica práticas como o jornalismo participativo. Este envolve o desenvolvimento de sistemas de produção informativa que podem ser realizados com ou sem a supervisão de profissionais (Gillmor, 2005;Quadros, 2005;Brambilla, 2006;Primo e Trasel, 2006;Fonseca e Lindemann, 2007;Träsel, 2006;Belochio, 2009).…”

Transformações do acontecimento nas redes sociais: das mobilizações contra a homofobia à crise de dupla sertaneja

“…Alterações profundas nos processos de produção e consumo de notícia passam a mudar a fisionomia do jornalismo. Uma dessas mudanças é a maior interferência dos públicos no processo noticioso, conquistada pela popularização do acesso e pela simplificação das tecnologias que favorecem a publicação e cooperação na rede (PRIMO;TRÄSEL, 2006 No mesmo dia, outra matéria do UOL 7 acentuava que com o bloqueio do acesso a diversas páginas na internet, iranianos adotaram a postura de utilizar ferramentas online para tentar driblar a censura do governo e propagar informações, imagens e vídeos do clima de tensão no país. Os sites mais populares têm sido o Twitter e o Facebook, mas iranianos também têm usado o YouTube, o Flickr e o MySpace para postar material, por meio de ferramentas que driblam os bloqueios impostos pelas autoridades iranianas.…”