A ventilação mecânica é uma intervenção crucial para pacientes em estado crítico nas unidades de terapia intensiva (UTI), sendo empregada quando estes não conseguem manter uma respiração adequada de forma independente. O desmame da ventilação mecânica, processo de retirada gradual do suporte ventilatório, é uma etapa fundamental na recuperação desses pacientes. Este procedimento deve ser cuidadosamente gerenciado para minimizar os riscos de complicações e assegurar o sucesso da reintegração do paciente à respiração autônoma. O presente estudo tem como objetivo avaliar a eficiência das estratégias relacionadas ao desmame da ventilação mecânica em adultos. Realizou-se uma revisão sistemática da literatura científica abrangendo o recorte temporal de 2016 a 2024, com consulta nas bases de dados PubMed, MEDLINE, Cochrane Library e EMBASE. A seleção dos estudos baseou-se em critérios rigorosos de inclusão e exclusão, considerando a relevância para o tema. Foram incluídos estudos que detalhavam métodos de desmame ventilatório, taxas de sucesso, duração do desmame e incidências de reintubação, procurando estabelecer um panorama abrangente das práticas e seus resultados. A análise dos estudos selecionados revelou uma diversidade de abordagens no processo de desmame. Técnicas como Suporte de Pressão (PSV) e Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada (SIMV) mostraram-se prevalentes nas práticas clínicas. Em particular, o PSV foi destacado em várias análises como eficaz em reduzir a duração do desmame em pacientes com boa capacidade respiratória residual; contudo, esta técnica requer ajustes precisos para evitar riscos de hiperventilação e outras complicações. Por sua vez, a SIMV, proporcionando uma redução gradual no suporte ventilatório, apareceu como particularmente adequada para pacientes que enfrentam uma recuperação mais lenta da função respiratória, facilitando a transição sem sobrecarregar o paciente. Ademais, a utilização de CPAP para pacientes com doenças pulmonares específicas, como a DPOC, foi associada a uma melhora significativa na estabilidade das vias aéreas, reduzindo a ocorrência de atelectasias e falhas no desmame. As estratégias de desmame da ventilação mecânica devem ser escolhidas com base nas condições específicas do paciente e nas capacidades da equipe de UTI para monitorar e ajustar o suporte conforme necessário. A personalização do desmame é essencial para maximizar o sucesso e minimizar os riscos, enfatizando a necessidade de diretrizes clínicas baseadas em evidências robustas e práticas adaptativas que respondam às complexidades individuais dos pacientes.