Vulnerabilidade escolar frente a desastres no Brasil

Abstract

Este trabalho teve por objetivo apresentar um diagnóstico da situação de vulnerabilidade das escolas perante desastres socioambientais no Brasil. Foi possível identificar cinco tipologias principais de impacto: sobre a integridade física das pessoas, sobre a rotina da escola por mudança de uso e ocupação em situação de desastre, sobre a estrutura física do edifício, sobre os materiais e equipamentos escolares e sobre o exercício educativo propriamente dito. Por fim, ressalta-se que os formuladores de políticas e os gestores da área de gestão de riscos e de desastres precisam envolver o setor educativo na formulação de políticas para reduzir sua própria vulnerabilidade.

Prevenir ou morrer na praia? Compartilhando a visão de docentes sobre a redução de riscos e desastres no litoral norte paulista

“…Só no estado de São Paulo, cerca de 293 escolas, públicas ou privadas, convivem com a exposição a desastres, sendo 121 instituições em situação de risco geológico-geotécnico e 172 em áreas de risco hidrológico (MARCHEZINI, MUÑOZ;TRAJBER, 2018). No litoral norte do Estado, os desastres mais frequentes têm alcance local ou regional, portanto são esses os níveis em que se considera promissora a atuação coordenada de redes colaborativas, admitindo que a relação local-regional é imprescindível para promover estratégias em diferentes níveis de gestão de riscos e o envolvimento multiatores na construção de comunidades mais seguras e resilientes.…”

“…Em nível internacional, há experiências no México 11 , Peru 12 , Reino Unido 13 entre outros, projetos que, muitas vezes, conectam-se às iniciativas e atividades realizadas em território nacional para troca de experiências e diálogo sobre como superar desafios comuns e valorizar potencialidades, realizando intercâmbios entre estudantes (TRAJBER et al, 2018) e representantes do poder público. Esse tipo de diálogo tem sido facilitado principalmente pelo Cemaden Educação 14 , programa estruturante desta temática no país.…”

O Papel Da Educação Ambiental Na Redução Dos Riscos Hidrológicos Na Baixada Fluminense

“…A denominada "urbanização de risco" promove o acesso desigual ao solo, potencializando a ocupação de áreas de risco como encostas e margens de rios, principalmente por populações de baixa renda, mais vulneráveis em diversos sentidos (Rolnik & Klink, 2011). Dentre as diversas dimensões desta vulnerabilidade, encontra-se a educacional, que engloba ausência de programas de educação relacionados ao grau de preparação da população para enfrentar situações de desastres (Marchezini et al 2018).…”