Voltando aos registros paroquiais de Minas colonial: etnicidade em São José do Rio das Mortes, 1780-1810

Libby, Douglas Cole; Frank, Zephyr

doi:10.1590/s0102-01882009000200007

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“…Prateleira L, nº 33; APNSCAD-OP. Livro 208 negros nascidos nos domínios portugueses da América, entre escravos, forros ou nascidos livres (LIBBY;FRANK, 2009). 4 Dessa forma, com o objetivo de inserir o estudo das irmandades em uma perspectiva cultural (CHARTIER, 2002), almejamos a compreensão da constituição da devoção mercedária por parte dos leigos e das distintas apropriações e ressignificações produzidas ao longo do tempo.…”

Section: Introductionunclassified

A devoção mercedária e o associativismo leigo no setecentos mineiro / The "Nossa Senhora das Mercês" devotion and the lay associationism on the XVIII Century at Minas Gerais

Teixeira

2019

RHHE

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As irmandades foram agremiações católicas compostas por leigos que se uniam por interesses e devoções em comum a partir de um santo protetor, garantindo inserção social e proteção. Na Idade Moderna, em meio à Reforma Católica, disseminaram-se da Europa para os territórios recém-povoados com a expansão marítima, chegando à América portuguesa, onde tiveram papel preponderante, com destaque para a Capitania de Minas Gerais. Pertencer a uma irmandade significava a garantia de legitimidade para as práticas sociais e religiosas, pois elas administravam os rituais católicos em nível local, construíam igrejas, estimulavam a produção artística e prestavam auxílio mútuo entre seus membros durante a vida e após a morte, com importância ímpar entre os menos favorecidos. Em contexto escravista, para além de reforçarem demarcações hierárquicas, possibilitaram o desenvolvimento de uma sociabilidade urbana e uma maior participação dos “homens de cor”, bem como contribuíram para a constituição da configuração social e das identidades, para a interação e ascensão sociais. Dito isso, o presente trabalho tem como proposta a análise de uma devoção em particular, a dedicada a Nossa Senhora das Mercês. No Setecentos mineiro foram fundadas vinte associações leigas sob esta invocação, pelos denominados “pretos crioulos”. Sendo assim, a partir de uma perspectiva cultural, almejamos a compreensão da constituição do culto mercedário e das distintas apropriações e ressignificações produzidas ao longo do tempo, recorrendo às fontes confrariais, aos sermões e à iconografia.* * *The brotherhoods were catholic memberships that united themselves by interests and devotions in common about a protector saint, ensuring social insertion and protection. At the Modern Age, during the Catholic Reformation, it spread from Europe to the new-settlements territories arriving on the portuguese America, where it played a predominant role, mainly at the Capitania of Minas Gerais. To belong to a brotherhood meant to have guaranteed the legitimacy to the social and religious practices, because the Brotherhoods managed the local catholic rituals, built churches, stimulated artistic production and helped their members during their life and death, with distinct significance among the poor and needy. On the slavery context in addition to ensure hierarchical demarcations, allowed the development of a urban sociability and a greater participation of “colored men”, as well as contributed to the formation of the identities and the social settings, to the social interaction and ascension. This way, this present work’s proposal is to analyse a particular devotion, dedicated to the nossa Senhora das Mercês. On the XVIII century at Minas Gerais were founded twenty lay associations under this invocation, by the so called “black creoles”. Therefore, from a cultural perspective, we seek to comprehend the formation of the Nossa Senhora das Mercês cult and the distinct appropriations and redefinitions produced through time, appealing to the Brotherhoods sources, sermons and iconography.

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Section: Introductionunclassified

A devoção mercedária e o associativismo leigo no setecentos mineiro / The "Nossa Senhora das Mercês" devotion and the lay associationism on the XVIII Century at Minas Gerais

Teixeira

2019

RHHE

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Freedom for Too Few: Slave Runaways in the Brazilian Empire

Read

Zimmerman

2014

Journal of Social History

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O contrabando de escravos na Colônia do Sacramento (1722-1777)

Kühn

2017

Tempo

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Resumo: Abordamos o papel estrutural do comércio ilegal de escravos na história da Colônia do Sacramento durante o século XVIII. Inicialmente, fazemos uma avaliação da dimensão da população escrava na povoação platina, mostrando que os números apontam para contingentes muito superiores às necessidades efetivas de mão de obra na localidade. Isso leva ao destaque dado às redes transimperiais de contrabando de escravos, acionadas a partir do entreposto lusitano. Em seguida, colocamos à prova o potencial informativo das fontes paroquiais para a análise da dinâmica de funcionamento do tráfico de escravos, evidenciando que os registros de batismos e óbitos de africanos adultos são um indicador confiável das conexões entre o rio da Prata e a América portuguesa por meio principalmente dos portos negreiros da cidade da Bahia e do Rio de Janeiro.

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Voltando aos registros paroquiais de Minas colonial: etnicidade em São José do Rio das Mortes, 1780-1810

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Freedom for Too Few: Slave Runaways in the Brazilian Empire

O contrabando de escravos na Colônia do Sacramento (1722-1777)

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