A tomar como mote a tese de Boime que identifica o Realismo como arte oficial do Segundo Império, o artigo reconstitui por sua própria conta os debates da época e examina na crítica e na pintura Chesneau e Meissonier, que também reivindicam o realismo, em contraposição aos heterodoxos capitaneados por Champfleury e Courbet. O exame da figuração artística e a crítica à tese de Boime são feitos a partir de três dimensões: o confronto entre autonomia e engajamento; o mercado e as fortunas artísticas; o individualismo do artista e o problema da anomia.