2008
DOI: 10.22456/1984-1191.9308
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Visões e abusões: Patrimônio cultural e questões étnica no Rio Grande do Norte

Abstract: Se o sertão do Rio Grande do Norte foi o cenário de uma importante resistência indígena da história colonial brasileira, encontramos, hoje raros grupos que se reivindicam como índios (Cascudo 1985; Lopes 1999; Puntoni 2002). Esse paradoxo é explicado, em parte, pela forma como foi escrita a historiografia local e pela ausência de estudos especializados na região. O mesmo acontece com os descendentes dos escravos trazidos da África desde o século XVII. Apesar da falta de uma síntese histórica geral e de dados e… Show more

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“…No entanto, se, entre os anos 2003 e 2016, foram impulsionadas ações de valorização das tradições populares, em particular a partir das reivindicações do movimento negro, o Rio Grande do Norte escapou da onda de fascinação histórica que caracteriza o surgimento dos processos de patrimonialização (ADELL, 2011, p. 09-11;BROMBERGER, 2014). As expressões culturais e o passado não são valorizados: houve poucas ações realizadas, e essas ou não tiveram quase nenhuma repercussão ou não seguiram os protocolos traçados pelas agências de cultura (CAVIGNAC et al, 2010). Alguns atribuem o descaso a uma falta de sensibilidade patrimonial que se observa também na destruição dos sítios arqueológicos e do patrimônio histórico das cidades brasileiras.…”
Section: Alimentos Folclore E Turismounclassified
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“…No entanto, se, entre os anos 2003 e 2016, foram impulsionadas ações de valorização das tradições populares, em particular a partir das reivindicações do movimento negro, o Rio Grande do Norte escapou da onda de fascinação histórica que caracteriza o surgimento dos processos de patrimonialização (ADELL, 2011, p. 09-11;BROMBERGER, 2014). As expressões culturais e o passado não são valorizados: houve poucas ações realizadas, e essas ou não tiveram quase nenhuma repercussão ou não seguiram os protocolos traçados pelas agências de cultura (CAVIGNAC et al, 2010). Alguns atribuem o descaso a uma falta de sensibilidade patrimonial que se observa também na destruição dos sítios arqueológicos e do patrimônio histórico das cidades brasileiras.…”
Section: Alimentos Folclore E Turismounclassified
“…Grande parte da etnografia foi realizada entre 2004 e 2008, nas festas comunitárias, nos sítios Carnaúba de Baixo, Olinda, Boa Vista, em pesquisas centradas sobre a doçaria. Posteriormente, as pesquisadoras coordenaram projetos de pesquisa e extensão, como o "Museu virtual Doces do Seridó", "Ações de patrimonialização do chouriço na comunidade Boa Vista", "Doçaria seridoense: um patrimônio cultural alimentar", "Patrimônios sensíveis: memórias locais, práticas, saberes naturalizados", o programa "Tronco, Ramos e Raízes" sobre os saberes das cozinheiras no âmbito rural e urbano, em particular na comunidade quilombola de Boa Vista (Parelhas), nas cidades de Acari, Jardim do Seridó, Carnaúba dos Dantas e Caicó (CAVIGNAC et al, 2010(CAVIGNAC et al, , 2016DANTAS, 2008DANTAS, , 2012IPHAN, 2011). 6.…”
Section: Um Patrimônio Impossívelunclassified
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“…[...] o caminho escolhido pelos sesmeiros entre os anos de 1598 e 1614 seguia todo o litoral da Capitania do Rio Grande, iniciando-se na fronteira com a Capitania da Paraíba e chegando ao limite com a Capitania do Siará Grande, que naquele período era a foz do rio Açu(DIAS, 2015, p.57).A primeira ação efetiva de ocupação da Capitania do Rio Grande foi o envio dos capitães-mores pelo rei Felipe II, em 1597. Após essa ação de conquista e dominação, ocorrida entre 1597 e 1598, muitos indígenas foram aprisionados e utilizados como mão-de-obra escrava nas lavouras de cana-de-açúcar (CAVIGNAC;ALVEAL, 2019).Em fins do século XVI os portugueses expulsam os franceses e fizeram acordos para pacificar os conflitos com os indígenas, intensificando o processo colonizador, através da construção da Fortaleza dos Reis Magos, em 1598, e da Fundação da cidade de Natal, em 1599. Concomitante a esse processo, foram doadas as primeiras sesmarias na Capitania do Rio Grande, concedidas entre 1598 e 1614 (DIAS, 2015), surgindo os primeiros sesmeiros nas imediações do Cabo de São Roque, chamado de "Baixios de São Roque".…”
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