“…Para Sarup (1996 apud Souza, 2012), a partir da década de 70, têm ocorrido diversas mudanças sociais que trouxeram novas formas de experienciar o tempo e o espaço. Tais mudanças estariam relacionadas à cultura, à economia, ao conhecimento, dentre outras áreas que contemplam o existir humano e resultam em uma insegurança e efemeridade desenvolvidas por um sistema cujo foco é o fluxo de capital.Na segunda metade do século XX, segundoAdelman (2009), algumas normas que regiam a vida cotidiana foram sendo abolidas e o mundo vivencia, desde então, transformações da família, da sexualidade, do gênero, da política e das relações de poder, frutos de uma sociedade ansiosa para ser universal e com um apetite voraz pela conquista. Para a autora, há uma troca de poderes na qual se criou uma elite de experts, cujo saber é uma forma de controle; a relação de produção e consumo deu luz a uma organização social marcada por ambiguidade e uma profunda erosão do estatuto público e privado.Em consonância comAdelman, Portela (2008) afirma que, na configuração de mundo contemporânea, houve uma exacerbação do individualismo marcado por uma lógica flexível e consumista, que produz sujeitos incapazes de esperar e cuja informação é sua maior especialidade.…”