Visita de los menores de edad en una unidad de cuidados intensivos. ¿Qué opina el personal sanitario?

Entendimento De Familiares Sobre A Visita De Crianças E Adolescentes Em UTI Adulto

“…Embora estes aspectos destaquem a percepção dos participantes quanto à importância da realização da visita, tradicionalmente os pacientes, famílias e profissionais concordam em limitar as visitas das crianças nesse contexto (Quinio et al, 2002;Valls-Matarín et al, 2019). Apesar de os benefícios terem sido reconhecidos por parte dos familiares entrevistados nesta pesquisa, eles se mostraram apreensivos e citaram alguns aspectos que os deixam com receio de permitir a entrada das crianças e adolescentes para visitar um familiar internado na UTI.…”

“…Esta ambivalência dos participantes em relação à visita fica evidente na segunda categoria, "Preocupações em relação a visita", na qual foram mencionados os seguintes aspectos: i) o risco de contrair uma infecção; ii) o risco de provocar traumas; iii) a percepção de que a criança e o adolescente não têm capacidade de compreensão suficiente para conseguir lidar com essa situação. Os aspectos reportados pelos participantes corroboram as razões indicadas por outros autores (Kean, 2009;Johnson, 1994;Clarke, 2000;Knutsson, Otterberg, & Bergbom, 2004, Fumis, 2016Valls-Matarín et al, 2019) como justificativas pelas quais as visitas das crianças permanecem restritas em UTIs: os pais, os pacientes e cuidadores querem proteger as crianças (e eles próprios) de estresse adicional, bem como proteger os pacientes e as crianças do risco de infecção.…”

“…A exposição à infecção hospitalar e a possibilidade de provocar traumas psicológicos, mencionados pelos participantes desta pesquisa, também foram evidenciados em outros estudos como argumentos utilizados pelos profissionais para dificultar o acesso da criança nesse contexto (Clarke, & Harrison, 2001;Johnson, 1994;Knutsson, & Bergbom, 2007;Vint, 2005a;2005b;Laurent et al, 2019, MacEachnie, Larsen & Egerod, 2018Valls-Matarín et al, 2019). Alguns autores ressaltam ainda a dificuldade dos profissionais para lidar com a demanda emocional que é apresentada neste tipo de situação como um aspecto que se reflete na dificuldade da equipe em aceitar a visita de crianças na UTI (Clarke, & Harrison, 2001;Johnson, 1994;Reis, Gabarra & More, 2016;Nunes & Gabarra, 2018).…”

“…A visita de familiares em Unidades de Terapia Intensiva vem sendo amplamente discutida, de forma que a autorização e flexibilização da visita têm sido recomendadas para uma melhor adaptação de familiares e pacientes ao processo de adoecimento e hospitalização (Fumis, 2016, Fumis et al, 2015Ramos et al, 2014;Mylén, Nilsson & Berterö, 2016;Nunes & Gabarra, 2017). No entanto, quando se trata da visita de crianças a familiares internados em UTIs adulto, é possível observar que esta não é uma prática frequente, de acordo com a literatura existente acerca do tema (Ramos et al, 2014;Anzoletti et al, 2008;Giannini, Miccinesi, & Leoncino, 2008;Knutsson, & Bergbom, 2007;Knutsson, Otterberg, & Bergbom, 2004, Fumis, 2016, Knutsson & Bergbom, 2016Reis, Gabarra & More, 2016, Valls-Matarín et al, 2019Nunes & Gabarra, 2018). Na região nordeste da Itália, constatou que somente 22% das 104 UTIs pesquisadas permitiam a visita de crianças, com idade inferior a 12 anos, aos pacientes críticos internados (Anzoletti et al, 2008).…”