Visão complexa para uma forma complexa de agir

Abstract

Este artigo contém uma introdução à abordagem científi ca denominada "pensamento complexo", complementa a visão tradicional e racionalista da ciência, oriunda do século XVII. Os autores mostram que coexistem hoje várias formas de se pensar a produção de conhecimento. Evidenciam também que a forma com que se organiza essa produção tem muito a ver com a própria organização da sociedade, da economia e do trabalho. Por exemplo, a ciência tradicional se desenvolveu a partir da lógica da revolução industrial.Já o pensamento complexo é fruto tanto das transformações sociais como de descobertas científi cas atuais e relevantes na Física, na Matemática, na Biologia, na Cibernética e nas Ciências Sociais. O texto termina mostrando que a visão complexa da ciência é fundamental para transformar as formas de pensar e de agir em saúde, particularmente, para a vigilância sanitária, para a formação de pessoas e para a gestão dos serviços.

Álcool E Violência Nas Relações Conjugais: Um Estudo Qualitativo Com Casais

“…Na medida em que foi priorizada a compreensão da relação e dos contextos atrelados ao uso do álcool e à violência entre parceiros íntimos, não foram planejadas comparação entre os casais, tampouco generalizações acerca dos temas estudados. Segundo a visão sistêmica novoparadigmática, também denominada de complexa e de integrativa, é a compreensão de processos, contextos e relações, de forma individualizada (neste caso, sobre cada casal), que permite ampliar a visão sobre fenômenos (violência e dependência), sobre o que os mantêm e sobre o que pode ajudar diferentes casais a enfrentá-los (Minayo & Tôrres, 2013).…”

A Rede de Atenção Psicossocial sob o olhar da complexidade: quem cuida da saúde mental?

“…Para lançar esse olhar ampliado sobre a Raps subsidiar-nos-emos de conceitos fundamentais do pensamento complexo. Recorremos ao auxílio das lentes compreensivas da complexidade por sua capacidade de reconhecer a interconexão entre as múltiplas dimensões da realidade e a inter-relação entre cada ser vivo, ambicionando refletir sobre as articulações que foram/são destruídas pelos cortes entre disciplinas, entre categorias cognitivas e entre tipos de conhecimento 6 . Tal característica parece-nos interessante em face da própria ideia de atenção em redes de saúde e ao apelo de integralidade que emana das entrelinhas das Portarias Ministeriais nº 4.279/2010 7 e nº 3.088/2011 2 .…”