Violência por parceiro intimo e resiliência em mulheres da Amazônia ocidental brasileira

Abstract

Conflitos de interesse: nada a declarar. ResumoObjetivo: Verificar a prevalência da violência contra a mulher perpetrada pelo parceiro íntimo, identificar o fator predominante da resiliência, verificar se a violência por parceiro íntimo influencia na resiliência.Métodos: Pesquisa epidemiológica analítica transversal com 291 mulheres entre 18 e 59 anos, usuárias da Atenção Primária à Saúde, no período de abril a julho de 2018 em um município da Amazônia ocidental brasileira. Instrumentos: questionário socioeconômico; rastreador de violência validado por Schraiber e col.; escala de resiliência validada por Pesce e col.Resultados: Prevalência de violência nos últimos 12 meses: 53,3%. A maior concentração de participantes foi no Fator I da resiliência com 55% das participantes. Existe relação estatisticamente significativa entre as variáveis da violência física e resiliência (p=0,023).Conclusão: Mais da metade das participantes sofreu violência por parceiro íntimo, principalmente a violência psicológica, seguida da física e da sexual. Predominou nas participantes o Fator resiliente I de perseverança, disciplina, bom humor e empatia. A violência física influenciou negativamente no desenvolvimento da autoconfiança e capacidade de adaptação, tornando estas mulheres menos flexíveis às mudanças, mais dependentes e com menos autoconfiança.

Resiliencia y violencia intrafamiliar en mujeres

“…En el presente estudio se encontró una relación negativa leve entre resiliencia y violencia intrafamiliar es decir que a medida que la resiliencia sube la violencia intrafamiliar tiende a bajar, lo cual coincide con los resultados de Lopez & Vergaray , (2021) quienes realizaron una investigación en mujeres en un contexto de confinamiento, por lo que se podría decir que al parecer esta relación se mantiene en diferentes contextos, lo cual se podría aclarar en futuras investigaciones. Así también, Valenzuela et al, (2022) encontraron en su estudio realizado en víctimas de violencia una correlación entre un factor de resiliencia y una dimensión de violencia intrafamiliar en este caso la violencia física , por lo tanto es posible que la relación entre la resiliencia y violencia intrafamiliar varíe si se separa por factores y sobre todo en la población víctimas de violencia, lo que se podría dilucidar en estudios futuros Respecto a la resiliencia en el estudio de Celis Flores, (2022) se halló que la mayoría de participantes presentaron niveles muy bajos, lo cual coincide con los resultados del presente estudio aunque en un grupo poblacional distinto, así también Quispe, (2019) en su estudio realizado en adolescentes, encontró niveles de resiliencia bajos, por lo que es posible que en la población en general se mantenga esta tendencia y que esta persista con el paso del tiempo, lo cual se puede abordar en nuevas investigaciones.…”

“…También, Granizo (2018) concluye que las mujeres mantienen relaciones positivas con sus parejas y muestran características resilientes, mientras que Samaniego (2015) indica que la resiliencia les permite mantener una actitud positiva, También se han encontrado estudios relacionados con la violencia intrafamiliar en mujeres, Piedra (2017) concluyó en un estudio con mujeres víctimas de violencia que la mayoría de ellas mostraron rasgos de personalidad dependiente resaltando el temor a la soledad y la ansiedad por separarse de la pareja. Por su parte Valenzuela et al, (2022) en un estudio realizado en Brasil encontró que existió una relación estadísticamente significativa entre la violencia física y la resiliencia. En cambio Rivas-Rivero et al, (2022) concluyeron en que las mujeres presentan sentimientos de culpa que afectan a su salud mental y provocan malestar psicológico debido al historial de maltrato recibido por sus parejas, mientras (Henao Rojas et al, 2020) determinaron correlaciones entre los factores del trauma infantil y los niveles de resiliencia en adultos, la resiliencia se ha relacionado positivamente con las habilidades sociales.…”

Violência contra mulher parda e preta durante a pandemia: revisão de escopo

“…Assim como identificado nesse estudo, pesquisadores afirmam que as mulheres negras são as mais afetadas pela violência por parceiro íntimo e destacam a importância de considerar as interseções de raça, gênero e classe na compreensão do fenômeno, mencionando que as agressões à essa população podem ser resultantes da interseção de sistemas de opressão, incluindo racismo e sexismo. (24,25) Um estudo espanhol afirma que mulheres pretas enfrentam inúmeras dificuldades para acessar serviços de saúde, devido à discriminação racial, falta de recursos financeiros, acesso limitado às informações sobre saúde e barreiras linguísticas, (26) assim como evidenciado neste estudo. A pouca diversidade de cores na força de trabalho de saúde pode também ser uma barreira, pois pessoas brancas podem não compreender as demandas desta população, ocasionando atendimento inadequado e pouca resolutividade.…”

O significado da atenção à mulher vítima de Violência Doméstica no contexto da Atenção Primária à Saúde

“…Em estudo de revisão integrativa, desvelou--se que os profissionais de saúde têm dificuldade de identificar e atuar nos casos de VD, pelo medo e constrangimento das vítimas, que, por isso, escondem o sofrimento 31 . Outro aspecto que pode contribuir para a baixa demanda por atendimento é o fato de que as mulheres, muitas vezes, desenvolvem resiliência frente às agressões, elucidando a subordinação da mulher ao homem, aceitando de modo passivo as desigualdades de direitos e escolhas, e da violência intrafamiliar, perpetuando, assim, a violência contra a mulher 32 .…”