Violência obstétrica: percepção dos enfermeiros da estratégia de saúde a família

Abstract

Identificar a percepção referente à Violência Obstétrica dos enfermeiros atuantes na atenção básica do município de Cáceres, do estado de Mato Grosso. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória de abordagem qualitativa, com os enfermeiros atuantes na Atenção Básica que realizam atendimentos com gestantes. A análise dos dados foi feita de acordo com a técnica de Análise de Conteúdo de Minayo, respeitando as 03 etapas de análise. Mediante as falas dos enfermeiros, foi possível observar que possuíam compreensão de que a Violência Obstétrica vai além da agressão física como também de ações psicológicas e são cientes que aspectos socioculturais de cada profissional influenciam nessa ocorrência. Porém é valido destacar também que alguns profissionais possuem certa fragilidade em identificar a Violência Obstétrica, fator preocupante, pois muitas vezes podem deixar passar despercebidos casos, por considerarem que somente ocorre a Violência Obstétrica no ambiente hospitalar. Conclui-se que os profissionais enfermeiros da rede da atenção básica vêm buscando compreender melhor sobre Violência Obstétrica, suas várias apresentações e formas de mitigação desta ocorrência com suas clientes assistidas. Ressalta-se que investir no treinamento dos profissionais que assistem à mulher em seu processo de parturição faz necessário.

Atuação do enfermeiro na prevenção da violência obstétrica

“…Isso inclui o uso de linguagem apropriada, a proteção da privacidade durante os procedimentos, e o respeito às crenças culturais e religiosas da mulher. Silva RCB, et al (2021), afirmam que os enfermeiros podem fornecer suporte emocional à mulher durante o processo de gravidez, parto e pós-parto, reconhecendo as emoções e necessidades da mulher e oferecendo apoio psicossocial adequado. Isso pode incluir o encaminhamento para profissionais de saúde mental, quando necessário.…”