Violência e vulnerabilidade ao HIV/AIDS em jovens homossexuais e bissexuais

Abstract

Resumo Objetivo Conhecer as percepções de jovens que se identificam como homossexuais ou bissexuais sobre violências vividas e identificar as possíveis relações com a vulnerabilidade ao HIV/AIDS. Métodos Estudo descritivo de abordagem qualitativa com uso da Teoria das Representações Sociais e do conceito de vulnerabilidade com análise temática de conteúdo, desenvolvido em um centro de controle de deficiências imunológicas de uma universidade pública da Região Sudeste do Brasil, que oferecia atendimento multidisciplinar a portadores de HIV/AIDS. Participaram 13 jovens soroconvertidos entre 13 e 24 anos. O critério de seleção foi homens que se identificavam como homossexuais ou bissexuais, conforme terminologia utilizada no Boletim Epidemiológico de Infecções Sexualmente Transmissíveis e AIDS do Ministério da Saúde. Resultados Evidenciaram-se quatro categorias temáticas: “Homofobia e bullying”, “Violência sexual, familiar e institucional”, “Busca de apoio” e “Amor e apaixonamento”. Conclusão Os jovens homossexuais e bissexuais vivenciaram repetidas situações de agressões ao longo da infância e adolescência, percebendo as violências sexuais, familiares e institucionais como mais dolorosas e de difícil enfrentamento, e que apresentam relação com a vulnerabilidade ao HIV/AIDS.

Violência, Homofobia, Saúde, Minorias Sexuais e de Gênero.

“…Além disso, os desfechos mais graves terminam com a morte da vítima. Já a violência sexual, além de provocar sequelas emocionais, é capaz de levar a diversas complicações ao paciente, pois pode ser a causa de ocorrência de gravidez e infecções sexualmente transmissíveis (IST's) (DELZIOVO et al, 2018;FERNANDES et al, 2017). Enfim, a violência psicológica ou verbal está associada ao adoecimento mental do paciente, com repercussões que vão desde o abuso de álcool, cigarros e drogas ilícitas que muitas vezes levam à overdose e morte, negligência de cuidados pessoais quanto a hábitos de vida saudáveis, como apontado por Natarelli et al (2015), a até o suicídio, com mostrado por Skerrett, Kõlves e De Leo (2016), Johns et al (2018), Johns et al (2019.…”

Narratives of young people on same-sex relationships about their path and implications for mental health

“…Scholars say that school is sometimes an entity that provokes violence, with educators unprepared for the construction of ideas of genders and social roles, and which in some way also practice forms of violence. 19 Violence oppresses, curtails freedom, prevents the young person from exercising his sexuality with freedom, from fighting for his rights and for his projects of happiness that are directly related to his acceptance and acceptance by the other, family and society.…”

Prejudice, vulnerability, accession process, religiosity regarding the life routine with AIDS: life stories

“…A descriptive study with a qualitative, representational approach about the concept of vulnerability in the perception of young people identified as homosexual or bisexual, the results pointed out that they lived repeated situations of aggression over their childhood and adolescence, perceiving the sexual, family and institutional violence as the most painful and with a difficult treatment, and that represents a relation to the vulnerability to HIV/Aids [21].…”