Vigilância Epidemiológica das Intoxicações Exógenas Atendidas em um Hospital de Ensino

Abstract

Objetivo: Descrever o perfil das intoxicações exógenas atendidas em um hospital de ensino, no período de junho de 2015 a junho de 2019. Método: Estudo documental, retrospectivo, descritivo, com análise quantitativa. A coleta dos dados ocorreu no Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN), do período de junho de 2015 a junho de 2019. O total da amostra foi 152 notificações exógenas. Resultados: Quanto ao sexo predominou o feminino com 85 casos, houve predomínio para as idades, entre 20 a 34 anos, para o local de exposição, 132 casos aconteceram na residência, nos anos de 2017 e 2018 apresentaram maior incidência. Foram identificados 127 agentes toxicológicos dentre esses 98 casos, os anticoagulantes, benzodiazepínicos e antidepressivos tiveram maior incidência. Conclusão: Jovem adulto nas idades entre 20 a 34 anos, principalmente do sexo feminino predominam nas notificações de intoxicação exógena, com maior concentração para as pessoas com nível escolar incompleto.

Toxicovigilância por busca ativa em serviço de saúde hospitalar

“…O cenário e cotidiano da toxicovigilância por busca ativa O cenário para a busca ativa de casos de intoxicação foi, integrante da Rede Nacional de Informação e Assistência Toxicológica. O CCI/HUM é um órgão de atenção às urgências toxicológicas: fornece informações toxicológicas a profissionais de saúde e à população em geral nas modalidades presencial e remota, realiza a vigilância epidemiológica das intoxicações (toxicovigilância) na macrorregional noroeste do Paraná, e desenvolve ações educativas e de difusão do conhecimento nas áreas de Toxicologia e Assistência Toxicológica (Bochner, 2013;Costa & Alonzo, 2019;Maraschin et al, 2020).…”

“…As atividades realizadas diariamente cumprem os requisitos para um sistema locorregional de vigilância epidemiológica, pela realização de coleta de dados de forma contínua e sistemática, por coletar e investigar/acompanhar os casos para confirmação da etiologia, por disseminar as informações para os sistemas municipais de vigilância epidemiológica da Macrorregião Noroeste do Paraná e para a comunidade, via mídia e eventos, por armazenamento dos dados no Sistema de Agravos de Notificação Obrigatória -SINANweb e pela discussão dos casos em equipe multidisciplinar (Bochner, 2013;Costa & Alonzo, 2019;Maraschin et al, 2020).…”

“…As informações provenientes dos CIAT possibilitam nortear a adoção de políticas públicas adequadas de controle, fundamentar as ações regulatórias e contribuir na vigilância pós-comercialização de novos produtos. Esses serviços têm como principal função prestar informação e assessorar profissionais de saúde e população geral sobre o diagnóstico, o prognóstico, o tratamento e a prevenção das intoxicações (Bochner, 2013;Costa & Alonzo, 2019;Maraschin et al, 2020).…”

“…Os centros de informação e assistência toxicológica brasileiros são unidades especializadas, cujas funções variam segundo sua inserção e recursos. Entre essas funções estão o fornecimento de informação e orientação telefônica sobre o diagnóstico, o prognóstico, o tratamento e a prevenção de intoxicações e sobre a toxicidade e riscos das substâncias químicas; o atendimento presencial ao intoxicado em qualquer nível de complexidade; a realização ou a viabilização de análises toxicológicas de urgência e de rotina para diagnóstico e monitoramento das intoxicações; o desenvolvimento e a participação em atividades de capacitação educativa e preventiva em toxicologia (Bochner, 2013;Costa & Alonzo, 2019;González-Díaz et al, 2020;Maraschin et al, 2020).…”