Abstract:O Brasil é um dos países que mais consome agrotóxicos no mundo e o número de estudos que identificam e acompanham ações de saúde voltadas para populações cronicamente expostas ainda é incipiente. Assim, objetivou-se identificar as ações de vigilância em saúde orientadas para populações expostas a agrotóxicos implantadas no Brasil. Foi realizada uma Revisão de Escopo nas bases de dados Web of Science (WOS), Scopus, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scielo, Cochrane e Pub Med. Foram empregados os descritores “P… Show more
“…A utilização de produtos químicos para a manutenção da monocultura é outro aspecto preocupante. Nesta monocultura faz-se adubação, uso de biocidas na produção de mudas, controle de formigas cortadeiras, pragas e doenças o que ocasiona contaminação do solo, do ar (Crous et al, 2010) e cursos d´água superficial e água subterrânea; impacto às espécies não-alvo e à fauna polinizadora; eutrofização dos corpos d´água; danos à microbiota do solo e redução da capacidade de suporte para a fauna silvestre (Rodrigues et al, 2021) e o uso exacerbado de agrotóxico traz sérios riscos à saúde de trabalhadores e consumidores, provocando doenças graves e até mesmo a morte (Porto et al, 2012;Vechi et al, 2018;Basso et al, 2021;Ruths et al, 2021). O dossiê realizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva sobre agrotóxicos, em 2015, mostra que uma área de 600 mil hectares recebe cerca de 5.400 litros de glifosato ao longo dos 7 anos de desenvolvimento da árvore.…”
Section: Impactos Adversos Oriundos Da Produção De Eucalyptusunclassified
No Brasil Eucalyptus tem sido um gênero muito cultivado por apresentar características comerciais desejáveis, haja vista que da maioria das espécies se aproveita a celulose, madeira e óleos essenciais. Assim, este estudo objetivou realizar uma compilação de dados acerca da expansão da eucaliptocultura no Brasil na última década e seus impactos socioambientais. Foi realizada uma revisão da literatura mediante consulta de livros e artigos científicos das bases eletrônicas Scielo, Periódicos CAPES e EBSCO Discovery Service (EDS). A demanda do mercado externo nos últimos 20 anos posicionou o Brasil em patamares elevados no contexto mundial de produção de celulose e fez com que houvesse uma grande expansão da área plantada de eucalipto no Brasil na última década. As atividades das fases de implantação, manutenção e colheita da eucaliptocultura, resultam em modificações das condições socioambientais outrora existente no local. Entre os impactos benéficos está a contribuição positiva à economia nacional, pois, gera um incremento comercial, com produtos de consumo interno e para exportação, impostos e empregos para a população. Entre os impactos adversos estão o empobrecimento da biodiversidade local, degradação ambiental e conflitos no meio rural e urbano. Para minimizar esses impactos adversos é necessária a implementação de uma gestão ambiental ecologicamente correta, com a identificação das características e condições de conservação ambientais locais (como, proximidade de áreas de vegetação ripária, biodiversidade local, tipos de clima e solo, declividade do terreno, disponibilidade hídrica da bacia hidrográfica), da estrutura fundiária pré-existente e implementação de um conjunto de ações mitigadoras para cada impacto adverso.
“…A utilização de produtos químicos para a manutenção da monocultura é outro aspecto preocupante. Nesta monocultura faz-se adubação, uso de biocidas na produção de mudas, controle de formigas cortadeiras, pragas e doenças o que ocasiona contaminação do solo, do ar (Crous et al, 2010) e cursos d´água superficial e água subterrânea; impacto às espécies não-alvo e à fauna polinizadora; eutrofização dos corpos d´água; danos à microbiota do solo e redução da capacidade de suporte para a fauna silvestre (Rodrigues et al, 2021) e o uso exacerbado de agrotóxico traz sérios riscos à saúde de trabalhadores e consumidores, provocando doenças graves e até mesmo a morte (Porto et al, 2012;Vechi et al, 2018;Basso et al, 2021;Ruths et al, 2021). O dossiê realizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva sobre agrotóxicos, em 2015, mostra que uma área de 600 mil hectares recebe cerca de 5.400 litros de glifosato ao longo dos 7 anos de desenvolvimento da árvore.…”
Section: Impactos Adversos Oriundos Da Produção De Eucalyptusunclassified
No Brasil Eucalyptus tem sido um gênero muito cultivado por apresentar características comerciais desejáveis, haja vista que da maioria das espécies se aproveita a celulose, madeira e óleos essenciais. Assim, este estudo objetivou realizar uma compilação de dados acerca da expansão da eucaliptocultura no Brasil na última década e seus impactos socioambientais. Foi realizada uma revisão da literatura mediante consulta de livros e artigos científicos das bases eletrônicas Scielo, Periódicos CAPES e EBSCO Discovery Service (EDS). A demanda do mercado externo nos últimos 20 anos posicionou o Brasil em patamares elevados no contexto mundial de produção de celulose e fez com que houvesse uma grande expansão da área plantada de eucalipto no Brasil na última década. As atividades das fases de implantação, manutenção e colheita da eucaliptocultura, resultam em modificações das condições socioambientais outrora existente no local. Entre os impactos benéficos está a contribuição positiva à economia nacional, pois, gera um incremento comercial, com produtos de consumo interno e para exportação, impostos e empregos para a população. Entre os impactos adversos estão o empobrecimento da biodiversidade local, degradação ambiental e conflitos no meio rural e urbano. Para minimizar esses impactos adversos é necessária a implementação de uma gestão ambiental ecologicamente correta, com a identificação das características e condições de conservação ambientais locais (como, proximidade de áreas de vegetação ripária, biodiversidade local, tipos de clima e solo, declividade do terreno, disponibilidade hídrica da bacia hidrográfica), da estrutura fundiária pré-existente e implementação de um conjunto de ações mitigadoras para cada impacto adverso.
“…Além disso, levando-se em consideração as técnicas de controle químico difundidas para aumentar a produtividade, que o Brasil apresenta uma grande extensão de área agrícola e que está entre os principais países produtores do globo, percebe-se que desde 2008 o mesmo é considerado o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, ampliando o uso de 2,7 kg.ha -1 em 2002 para 6,9 kg.ha -1 em 2012, um aumento de 155% em um espaço de 10 anos (MOISÉS et al, 2011;RUTHS;SIMCH, 2021).…”
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“…Nos últimos 60 anos, seu emprego vem se difundindo bastante e não simplesmente na lavoura, sendo também usados em domicílio e campanhas de saúde pública para o combate de doenças, como malária e dengue (SOARES et al, 2019). O Brasil é, desde 2008, o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, amplificando o uso de 2,7 quilos por hectare, no ano de 2002, para 6,9 quilos por hectare, em 2012, configurando assim uma ascensão de 155% em um espaço de 10 anos (MOISÉS et al, 2011;RUTHS;SIMCH, 2021).…”
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