Recebido em 29/7/11; aceito em 21/12/11; publicado na web em 23/3/12 FROM THE FIRST TO THE SECOND TWELVE PRINCIPLES OF GREEN CHEMISTRY. The second 12 principles of Green Chemistry (Winterton, 2001) are presented and discussed to show how they press academic chemists to focus the invention of synthetic pathways more directly on industrial process development, allowing a quicker progress along the greenness chain and a softer implementation of Green Chemistry in the industrial practice of chemistry. The relationships between the two sets of principles are tentatively established and discussed to make easier their joint use. The net of connections shows the systemic nature of Green Chemistry.Keywords: Green Chemistry; second 12 principles; greenness chain.
INTRODUÇÃOO desenvolvimento da Química Verde (QV) para substituição da Química Industrial vigente passa pela identificação prioritária dos problemas mais críticos para o ambiente e saúde humana cuja resolução seja exequível por reformatação da Química -e por um esforço persistente de invenção de novas moléculas e respetivos processos de fabrico industrial, no âmbito da QV, que possam ir substituindo com a "vantagem verde" os usados atualmente. Esta mudança exige, por parte dos químicos e engenheiros químicos, em geral, e dos químicos laboratoriais que desenvolvem novos métodos de síntese e produzem novas moléculas, em particular, não apenas conhecimentos sólidos no domínio da química tradicional, mas também consciencialização, ideias claras e pragmatismo sobre como inovar a química para concretizar a QV.Neste contexto, os 12 princípios da QV, introduzidos por Anastas e Warner 1 e amplamente divulgados (por exemplo, nesta revista já foram publicitados pelo menos quatro vezes, 2 o que comprova o interesse que despertam -porque são simples, mas também motivadores), têm servido para a consciencialização dos químicos sobre variados aspetos da Química que requerem revisão com vista a reduzir os seus impactos negativos sobre a saúde humana e ecológica. Os referidos princípios proporcionam prescrições genéricas para concretizar a transição da Química atual para a QV e têm sido usados com êxito -embora sejam frequentemente invocados pelos investigadores da QV para justificar o seu trabalho sem quantificação, ou mesmo escrutinação semiquantitativa, realizadas com métricas adequadas, do grau de verdura efetivamente alcançado. Posteriormente, foi proposto por Winterton, 3 no âmbito de uma análise mais ampla das relações da Química com a sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável, 4 um segundo conjunto de princípios, os chamados segundos 12 princípios da QV, dirigidos especialmente aos profissionais da Química Académica que divisam novas vias de sínteses -já que se focam no escalamento destas, requerido para implementar processos de fabrico para a respetiva concretização industrial, o campo onde realmente interessa obter verdura. Estes segundos 12 princípios não têm sido objeto de tanta atenção como os primeiros, não sendo ainda abordados mesmo nos mais recentes livros ...