Verificação da existência de Atya scabra Leach, camarão dágua doce da família Atydae, Crustacea, no Nordeste do Brasil

Crustáceos decápodes de água doce com ocorrência no Vale do Ribeira de Iguape e rios costeiros adjacentes, São Paulo, Brasil

“…Os crustáceos de água doce têm recebido pouca atenção da comunidade científica brasileira. Alguns dos estudos mais significativos e pioneiros sobre crustáceos decápodes foram produzidos no final do século XIX (MÜLLER 1880, 1892a,b, ORTMANN 1897, VON IHERING 1897) e início do século XX (LUEDERWALDT 1919a,b, SCHMITT 1942, OLIVEIRA 1945, SAWAYA 1946. Desde então, a escassez de trabalhos de sistemática e inventári-os faunísticos, bem como de dados biológicos, têm contribuí-do para que continuássemos, por muito tempo, a ter um conhecimento fragmentário sobre os grupos de decápodes existentes nos principais corpos de água do Brasil.…”

Morphometric aspects of two coexisting amphidromous shrimps, Atya gabonensis Giebel, 1875 and Atya scabra (Leach, 1816), in the Paraíba do Sul River, Brazil

“…Lima et al (2018) in meat yield with increasing size of individuals from the Amazon River in Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862). Atya species are used as a protein source by riverine human populations and, although informal trade for food is reported, this is at a smaller scale when compared to other species, such as those of the genus Macrobrachium, with a focus on subsistence artisanal fishing (Oliveira, 1945;Holthuis, 1980;Hobbs and Hart, 1982;Almeida et al, 2010). The male appendix interna showed differences in the growth pattern between the two species.…”

Avaliação sistemática de camarões de água doce do gênero Atya Leach, 1816 (Crustacea: Decapoda: Atyidae) por meio de dados moleculares

“…Contudo, o uso humano ocorre predominantemente na alimentação de populações ribeirinhas, por meio da pesca artesanal de subsistência no Brasil, Venezuela, ilhas no Mar do Caribe, México, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Gana, Camarões, etc. (Villalobos, 1943;Oliveira, 1945;Chace & Hobbs, 1969;Holthuis, 1980;Hobbs & Hart, 1982;Cruz-Soltero & Alston, 1992;Martínez-Mayén & Román-Contreras, 2000;Almeida et al, 2010;Ovie & Eze, 2013).…”

“…Historicamente autores identificaram diferenças entre A. sulcatipes da África e A. scabra da América (Oliveira, 1945;Holthuis, 1966;Rutherford, 1971), enquanto outros sugeriam grande similaridade ou consideravam a primeira sinônimo júnior de A. scabra (Milne-Edwards, 1864;Ortmann, 1890;Bouvier, 1925;Villalobos, 1943). Diante desta revisão, as diferenças apontadas na distinção de populações americanas daquelas da África se mostraram contestáveis e foram consideradas variações intraespecíficas (Hobbs & Hart, 1982).…”