ste estudo deteve como objetivo caracterizar a intervenção transdisciplinar adotada em pessoas com demência, em regime de internamento e analisar os seus efeitos a nível cognitivo e físico em quatro momentos de avaliação.
Foi efetuada uma avaliação inicial no período de integração (MMSE: Mini Mental State Examination e Tinett: Performance Oriented Mobility Assessment), realizada pela equipa multidisciplinar, seguida por implementação do plano individual de intervenção de estimulação cognitiva e física. Seguiram-se três momentos de reavaliação num período total de 15 meses. Um período de 3 meses (entre os dois primeiros momentos) e 6 de meses nos restantes momentos.
Após o período de implementação do plano individual de intervenção, no primeiro momento de reavaliação, observam-se melhorias a nível cognitivo e físico, seguido por uma tendência de aproximação dos resultados obtidos na primeira avaliação. Observou-se uma propensão de manutenção de competências do segundo momento de reavaliação para o terceiro.
Os resultados sugerem que, em média, as pessoas com demência beneficiam de uma intervenção transdisciplinar permitindo a manutenção das capacidades cognitivas e físicas durante um período de tempo de 15 meses. Adicionalmente, à melhoria observada na primeira reavaliação seguida por uma aproximação aos valores da avaliação inicial, observa-se uma tendência de manutenção de competências nos momentos seguintes. Tal realidade contraria a previsível progressão de perda de competências no envelhecimento patológico. Estes resultados traduzem-se em melhorias na sua qualidade de vida e ao nível da sua segurança.