O mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei, Dunker, 1857) é uma espécie invasora originária da China que possui a impressionante habilidade de aderir aos mais diversos substratos artificiais construídos pelo homem formando macroaglomerados capazes de obstruir sistemas de passagem, resfriamento, filtragem e captação de água bruta. Por seu sucesso em colonizar estruturas artificiais vem desde da década de 90 causando impactos sem precedentes no Brasil em setores que desenvolvem atividades econômicas relacionadas ao uso da água. Nos sistemas de captação e adução de água bruta da Companhia de Saneamento de Alagoas - CASAL, no Sertão do Estado, vem causando obstruções e paradas desde sua chegada a região do baixo São Francisco tendo seu primeiro registro nas tubulações dos sistemas de abastecimento público de Barragem Leste no município de Delmiro Gouveia e Xingó no município de Piranhas no ano de 2016. Durante o monitoramento da infestação nos mananciais de captação de água bruta foi possível observar aglomerados presos a substratos submersos, consolidados ou não, com densidade de 291 mil indivíduos/m2 distribuídos em tamanhos médios entre 11 a 20 mm de comprimento. As macroincrustações trouxeram a necessidade de novos serviços e manutenções de equipamentos e tubulações que gerou impactos financeiros a companhia em torno de 260 mil reais/ano, em valores do mercado local à época. Este trabalho relata as experiências obtidas nas ações de controle e monitoramento do mexilhão-dourado nas instalações da CASAL.