Valorização dos conhecimentos sobre plantas medicinais: uma abordagem para o ensino de ciências

Abstract

As análises de metodologias que vinculam informações científicas ao cotidiano dos alunos colaboram com a reflexão e a construção de um diálogo para o melhor entendimento dos conteúdos. Este artigo buscou valorizar os conhecimentos tradicionais sobre plantas medicinais e utilizá-los no ensino de Ciências como proposta de atividade para as aulas de Botânica, no município de Paragominas, Pará, Brasil. Foi empregada pesquisa-ação, além de entrevistas com 34 alunos e a professora. Fatores como a carência de informação relacionada ao tema, falta de estímulo por parte dos alunos e a necessidade de mais apoio para a realização das aulas, foram apontados como dificuldades para o desenvolvimento de novas abordagens. Os alunos foram bastante participativos, porem demonstraram dificuldades com o emprego da nomenclatura científica, o que gerou desinteresse pela aula. Foram desenvolvidas ações que buscaram promover a interdisciplinaridade dos conteúdos (fotossíntese e cadeia alimentar) e a contextualização do tema proposto por meio da confecção de um jardim de plantas medicinais no ambiente escolar. A montagem do jardim cativou a curiosidade dos alunos e dos funcionários da escola que se sentiram participativos com a prática de ensino adotada.

O uso de plantas carnívoras como ferramenta para o ensino de botânica e para a educação ambiental

“…A aula prática é uma maneira de experimentar o interesse do aluno e sua apreensão em relação aos conteúdos, momento que instiga a curiosidade e promove a Alfabetização e o pensamento científicos. Além disso, a área da Botânica é parte inicial de um processo que integra reflexões e construção coletiva para a conservação e o uso sustentável dos ecossistemas e recursos naturais (Barbosa et al, 2020). Fonte: Autores.…”

Estudo da vegetação que compõe o paisagismo da UFRA, Campus de Belém, Pará, Brasil

“…Sendo que, os vegetais por suas características naturais, proporcionam muitos benefícios aos seres humanos, sob vários aspectos, tais como: geram bem estar psicológico; melhoram o efeito estético da paisagem; proporcionam sombra para os pedestres e veículos; protegem do vento; amenizando a poluição sonora; reduzem o impacto da água de chuva e seu escorrimento superficial; auxiliam na diminuição da temperatura e refrescam o ambiente; melhoram a qualidade do ar entre outros (Alves et al, 2020;Barbosa et al, 2020;Menegaes et al, 2020;Pivetta & Silva Filho, 2002). Além de a arborização colaborar de forma significativa para a melhoria do conforto urbano, também é um elemento de contemplação, fornecedora de flores e frutos atrativos, e centro de configuração paisagística, como ponto de referência para orientação e identificação, que aproxima os seres humanos do convívio com a natureza, mesmo em espaços urbanizados (Porto & Brasil, 2013).…”