Vaccination of sheep with cell culture grown orf virus

Abstract

Orf virus, derived from contagious pustular dermatitis (scabby mouth) lesions in sheep, was adapted to cell culture and subsequently evaluated as a potential vaccine for sheep. The traditional vaccine virus, prepared from the infected scabs of orf virus lesions in sheep, was used to vaccinate sheep by scratching with an applicator (mounted pins) dipped in virus. Less than 10 TCID50 (50% tissue culture infectious doses) of virus was required to produce large lesions (greater than 5 mm diameter) which developed during a period of 10 to 14 d prior to onset of healing which was complete by 28 to 30 d. A serum neutralising antibody response was also detected and protection against challenge by application of virulent virus to abraded skin was demonstrated in that challenge lesions developed and healed more quickly (14 d against 30 d). However, cell culture-adapted virus required more than 10(5) TCID50 to induce even small lesions (less than 2 mm diameter). An antibody response could not be detected and no evidence of protection against challenge with virulent virus was demonstrated. In contrast, a recent field isolate has yielded a cell culture-adapted virus preparation that readily infects sheep, produces large lesions, detectable antibody and protects against challenge. This isolate is distinct from the traditional vaccine strain on the basis of restriction enzyme analysis but provides cross-protection in sheep inmmunisation and challenge studies. These results demonstrate that a cell culture produced scabby mouth vaccine is feasible.

Vacina experimental produzida em cultivo celular confere proteção parcial contra o ectima contagioso em ovinos

“…Essas vacinas apresentam restrições, que incluem questões éticas, de segurança (vírus vacinais virulentos que podem ser transmitidos e causar doença), risco de agentes contaminantes, além da diϐiculdade de padronização e produção em escala industrial. Para contornar esses problemas, vacinas produzidas em cultivo celular têm sido propostas e desenvolvidas, algumas com relativo sucesso (Pye 1990, Nettleton et al 1996. No entanto, a maior restrição às vacinas contra o ectima -e que se aplica tanto às tradicionais quanto às produzidas em cultivo celular -refere-se à falha em induzir proteção completa frente a exposição ao vírus de campo.…”

“…No entanto, a maior restrição às vacinas contra o ectima -e que se aplica tanto às tradicionais quanto às produzidas em cultivo celular -refere-se à falha em induzir proteção completa frente a exposição ao vírus de campo. As vacinas produzidas a partir de crostas de animais escariϐi-cados parecem ser mais imunogênicas (Buddle et al 1984), porém a proteção conferida pelos dois tipos de vacina é geralmente parcial e incompleta, em diferentes níveis (Buddle et al 1984, Pye 1990, Nettleton et al 1996, Musser et al 2008. Assim, na maioria dos relatos, uma parcela variável dos animais vacinados desenvolve sinais clínicos de ectima quando é desaϐiada com amostras de campo, embora esses sinais sejam usualmente mais brandos e passageiros (Buddle et al 1984, Musser et al 2008.…”

“…A resposta local à vacinação (hiperemia, pústulas e crostas) tem sido adotada como indicador da replicação viral e, consequentemente, da eϐicácia da imunização (Buddle et al 1984, Pye 1990, Nettleton et al 1996, Musser et al 2008. Embora o índice de "pega" das vacinas utilizadas a campo seja desconhecido e diϐícil de estimar, a frequência, intensidade e duração dos sinais pós-vacinais relatados em estudos experimentais tem sido, em geral, superiores aos observados no presente trabalho (Buddle et al 1984, Pye 1990, Nettleton et al 1996, Musser et al 2008. É provável que a adaptação da cepa IA-82 ao cultivo de células BHK-21 durante 21 passagens tenha resultado em atenuação excessiva do vírus.…”

“…No entanto, este método apresenta várias restrições que limitam a sua aceitação, incluindo: (i) método cruento de produção, envolvendo uso de animais; (ii) possibilidade de contaminantes na vacina (Buddle et al 1984); (iii) diϐiculda-de de obtenção de doses em grande escala; (iv) virulência do vírus vacinal, que pode causar a doença quando transmitido pelos animais vacinados (Musser et al 2008). Vacinas com o vírus ampliϐicado em cultivo celular têm sido desenvolvidas e utilizadas como alternativa (Pye 1990, Nettleton et al 1996. Algumas dessas vacinas têm se mostrado relativamente eϐicazes e seguras, produzem apenas lesões brandas após escariϐicação, e promovem imunidade por aproximadamente 4 a 6 meses (Nettleton et al 1996, Hosmarini e al.…”

“…Já foi demonstrado que o ORFV pode ser adaptado a replicar em vários tipos de células, incluindo células de pele de embriões de ovino (Greig 1956), em cultivos primários de testículo ovino (Buddle et al 1984, Pye 1990, de rim e pulmão ovino (Pye 1990), de corneto etmoidal ovino (Delhon et al 2004) e de linhagem de rim fetal ovino (Musser et al 2008), entre outras. Assim, esse trabalho teve como objetivos adaptar a cepa IA-82 do ORFV em células BHK-21 (Baby Hamster Kidney) e, subsequentemente, avaliar a proteção conferida pela imunização de ovinos com o vírus produzido em cultivo celular, frente a desaϐio com um isolado virulento de campo.…”