Para minimizar o impacto causado pelo lançamento dos esgotos nos corpos hídricos é necessário que os mesmos passem por uma etapa de desinfecção, antes de sua disposição final, objetivando conter a disseminação das doenças de veiculação hídrica. Neste contexto, este trabalho tem o objetivo de avaliar um sistema de cloração utilizando pastilhas de ácido triclorisocianúrico, aplicado para desinfecção do efluente sanitário de uma lagoa facultativa, no município de Itirapuã -SP. Para a avaliação utilizou-se um ensaio experimental, realizado em laboratório, onde foram testadas as concentrações de 2,5, 3,5, 5, 10, 15 e 20 mg.L -1 de cloro residual total, nos tempos de contato de 5, 15, 30, 45 e 60 minutos, para definição da dosagem; além do teste em escala real com a implantação do sistema na estação de tratamento de esgoto para análise do desempenho, que foi baseada na inativação de bactérias do grupo coliforme. No ensaio experimental, com a aplicação de 3,5 mg.L -1 de cloro residual total em tempo de contato de 30 minutos, o que resulta no fator CT de 105 mg.min.L -1 , atingiu-se inativação de 5 log e 4,5 log para coliformes totais e E.coli, respectivamente. Com o sistema implantado na estação de tratamento de esgoto, na concentração de 10 mg.L -1 de cloro residual total aplicado no efluente, a inativação de coliforme total foi de 4,7 log e de E.coli 4,6 log. Os resultados obtidos demonstram que o sistema foi efetivo na desinfecção do efluente, possibilitando seu lançamento em corpos d'água classe 2 sem comprometimento da qualidade bacteriológica, além de ser operacionalmente simples.