Utilização da estratégia de step down para desospitalização e realização de terapia antimicrobiana parenteral ambulatorial (OPAT) em pacientes transplantados / Use of the step down strategy for dehospitalization and performance of outpatient parenteral antimicrobial therapy (OPAT) in transplanted patients

Abstract

RESUMOOs antimicrobianos da classe dos carbapenêmicos são de suma importância para o tratamento das infecções bacterianas causadas por microrganismos gram negativos produtores de betalactamase de espectro estendido (ESBL). O uso racional desses antimicrobianos é fundamental para o sucesso terapêutico do tratamento e para redução do impacto no desenvolvimento posterior de resistência bacteriana a esses fármacos. Para otimizar a monitorização desses tratamentos, faz necessário o seu gerenciamento através de programas de gerenciamento da terapia antimicrobiana (PGTA), tal estratégia de combate a propagação da resistência bacteriana, já vem sendo uma realidade no Brasil há alguns anos e em 2017 a ANVISA publicou o primeiro guia para nortear sua implantação. Dentro do bundle de estratégias elencados ao PGTA, tem-se o step down, que se trata da simplificação da terapia antimicrobiana, visando o melhor desfecho e a maior comodidade terapêutica para o paciente. A partir da aplicação dessa estratégia entre os carbapenêmicos meropenem e ertapenem, consegue-se alcançar a desospitalização do paciente para que ele finalize seu tratamento ambulatorialmente em hospital dia, a prática da terapia antimicrobiana parenteral ambulatorial (OPAT) tem sido uma alternativa bastante utilizada para redução do tempo de internação e maior comodidade terapêutica para o paciente. Neste trabalho visamos avaliar as OPAT realizadas na instituição a partir dos pacientes que foram inclusos no acompanhamento do PGTA e tiveram desospitalização após realização de step down entre meropenem e ertapenem.

Outpatient parenteral antimicrobial therapy in Brazil

“…Although OPAT was adopted late in Brazil, with the first large-scale experience initiated in 2013 and reported in 2016, published reports show that the country’s experiences with this type of treatment are favorable. 9–14 Publication of national guidelines, which considered the particularities of the country, allowed the dissemination of OPAT services and the advancement of dehospitalization in Brazil. 4 It is still necessary, however, to make progress with these strategies, especially regarding financing of antimicrobials.…”

“…In this case, the result was related to the higher cost of ertapenem, a carbapenem used on an outpatient basis as compared with meropenem, used for hospitalized patients. 10,13 Another study with 39 patients designed specifically to evaluate the cost-utility of OPAT for SUS, however, showed that this treatment modality was effective in this regard by allowing overall savings of 31.86% from the hospital perspective and 26.53% from the SUS perspective, with favorable clinical outcomes and perception of quality of life. 14 Regarding OPAT in PHI, two other studies were published.…”

Exploring the advancements of Australian OPAT

“…30 This is similar to Singapore, where ceftriaxone is the most commonly prescribed OPAT agent, followed by vancomycin and penicillin. 31 Brazil has similar OPAT prescribing practices to Singapore and the United Kingdom using ceftriaxone, 32 teicoplanin and ertapenem. 33 However, Australians are more liberal with meropenem’s stability based on local studies.…”