Uterine twist in Nellore cow: case report

Abstract

A torção uterina é o movimento rotacional do útero sobre o seu eixo longitudinal, sendo mais frequente na espécie bovina do que em qualquer outra. Como o desempenho reprodutivo reflete diretamente nas taxas reprodutivas de um rebanho, as distocias são alvos de estudos, já que resultam em prejuízos econômicos para o produtor. A torção uterina resulta em distocias e sua etiopatogenia ainda não está bem elucidada, mas estão entre os fatores de riscos: movimento fetal excessivo nos estágios iniciais do parto, excesso de peso fetal, abdômen mais profundo em algumas raças, idade e número de partos, causando flacidez da musculatura e ligamentos uterinos. O diagnóstico é baseado no exame obstétrico, pela palpação vaginal e/ou transretal. O prognóstico depende do grau da rotação, tempo de evolução e das sequelas sobre o útero e o feto. Geralmente sendo necessária a intervenção veterinária, podendo ser corrigida apenas com manobras obstétricas e em casos mais graves necessita de cesariana. O presente trabalho objetiva descrever o caso de uma vaca Nelore com aproximadamente dois anos e meio de idade, encaminhada ao Hospital Veterinário de Uberaba, em trabalho de parto e torção uterina. Após a palpação transvaginal e a inviabilidade de sucesso somente com manobras obstétricas o animal foi submetido à cesariana. Vários casos de torção uterina em bovinos são descritos em raças europeias; porém, pouco se conhece desse tipo de patologia em animais da raça Nelore.

Torção uterina em égua no terço médio gestacional: relato de caso.

“…Torções uterinas são caracterizadas pela rotação de um ou ambos os cornos uterinos ou do útero ao longo de seu eixo longitudinal, que pode variar de 180 a 900 graus e ser classificada como leve, média ou grave (Oliveira et al, 2016). Consiste em um quadro emergencial grave (Anjos et al, 2014), de etiopatogenia não esclarecida (Aoyama et al, 2019), que acomete éguas em fases avançada da gestação, especialmente terço final, facilmente confundidas com síndrome cólica, pela clínica de dor abdominal aguda (Matos et al 2015). Seu prognóstico é variável conforme grau de torção, evolução clínica, complicações, fase gestacional (Martins, 2012) e sequelas sobre útero e feto (Ayoama, et al, 2019).…”

Ultrasonographic and haematology findings as an indicator of uterine torsion prognosis in cattle

“…1,12,13 In Bos indicus cattle, the pregnant uterus is more stable due to the attachment of broad ligaments on the dorsal side in the anterior two-thirds of the uterus and on the ventrolateral side in the posterior one-third of the uterus. 1 Although this condition is referred to as uncommon in Nelore cows, 14,15 the possibility of it being underdiagnosed cannot be ruled out.…”