Uso dos dermápteros no cenário agronômico: uma análise bibliométrica sobre a utilização destes predadores

Abstract

Objetivou-se com esse estudo inventariar os trabalhos científicos publicados nos últimos 10 anos sobre o uso de dermápteros no cenário agronômico. Para isto, realizou-se uma revisão de literatura buscando por pesquisas científicas publicadas sobre a utilização de dermápteros no cenário agronômico. A busca por essas informações ocorreu entre os meses de dezembro de 2020 e fevereiro de 2021 nas bases de dados: Web of science, ScienceDirect, Taylor & Francis, Springer e Scielo, utilizando como palavras-chave “Dermaptera”e “Predadores”. Os critérios de inclusão dos estudos na revisão foram o idioma (artigos em inglês, português e espanhol), artigos de pesquisa, data de publicação (publicados nos últimos 10 anos) e relação com a temática estudada. Após a seleção baseada nos critérios supracitados, os estudos selecionados foram lidos na íntegra e os dados coletados foram organizados em uma planilha utilizando o Microsoft Excel®. Com base nos critérios de elegibilidade, encontrou-se um total de 1.626 estudos, destes 466 foram selecionados para leitura completa e após a leitura, apenas 65 artigos corresponderam ao tema. Destes, foi possível obter informações como: espécies de dermápteros estudadas, áreas de estudos, distribuição geográfica, anos de publicação, áreas de aplicação e espécies de pragas predadas. O levantamento enaltece a escassez de pesquisas sobre a temática,no entanto, destaca-se uma alta quantidade de estudos acerca da espécie Forficula auricularia L., 1758. A pesquisa em questão aponta o Brasil como o país que mais publicou sobre o tema e revela que o foco dos estudos fez referência a utilização desses insetos no controle biológico de pragas agrícolas.

Análise bibliométrica sobre o controle biológico de ácaros da família tetranychidae

“…A tendência temporal de publicação acerca da temática do trabalho pode ser observada na figura 4, na qual se nota um aumento de publicações nos últimos três anos. Esse fato se deve a uma crescente popularização e incentivo ao uso de métodos alternativos para controle de pragas, que vêm gradativamente substituindo o uso de compostos químicos sintéticos nos últimos anos (Salustino, et al, 2021). Research, Society and Development, v. 11, n. 12, e33111233960, 2022 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i12.33960 6 A premissa do controle biológico é controlar as pragas agrícolas a partir de seus inimigos naturais, que podem ser insetos benéficos, predadores, parasitoides ou microrganismos, como fungos, vírus e bactérias.…”

“…Quanto ao levantamento dos locais de estudos, conforme a Figura 5, observa-se uma maior produção em laboratório com cerca de 67%, seguido de testes em campo com cerca de 28% e por fim casa de vegetação com 5%. O registro de uma maior quantidade de pesquisas em laboratório deve estar relacionado a facilidade da criação destes organismos em ambientes controlados (Salustino et al, 2021), permitindo assim a criação em massa, uso de dietas artificiais, disponibilidade de equipamentos, dentre outros fatores. As pesquisas de laboratório, portanto, são de extrema importância para que possa obter resultados preliminares que posteriormente devem ser reproduzidos em campo.…”

Biologia de Marava arachidis (Yersin, 1860) (Dermaptera: Labiidae) alimentada com Brevicoryne brassicae (Linnaeus, 1758) (Hemiptera: Aphididae)

“…O uso do controle biológico com insetos predadores atuando sobre os pulgões, tem se mostrado uma alternativa promissora nas últimas décadas. Dentre os grupos de insetos predadores mais utilizados estão os da ordem Dermaptera, que se destacam por apresentarem um alto potencial de ataque e por possuírem uma alimentação generalista, podendo consumir indivíduos de diversas ordens, como Lepidoptera, Hemiptera, Coleoptera e Diptera, e em diferentes fases do seu ciclo de vida [9].…”