Uso do sistema VAC no tratamento da fascite necrosante da parede abdominal

Abstract

O paciente cirúrgico portador de abdome aberto é de difícil manuseio devido as perdas de água e eletrólitos, a difícil reposição volêmica, o grande número de curativos diários e o risco de infecção. A utilização do sistema VAC permite medir rigorosamente as perdas por um período de 48 horas, que pode ser renovado, facilita a reposição volêmica, diminue o risco de contaminação e de infecção e cria um ambiente úmido que facilita o processo de cicatrização. Quando comparado o custo com processos tradicionais além da vantagem verificada com o sistema VAC. Ocorre também uma redução do risco e do período de permanência hospitalar. Os autores relatam o tratamento de um paciente do no HC-UFPE que documenta essas vantagens.

Fasciite necrotisante após vacina influenza: relato de caso

“…Remove ainda as metaloproteínas que comprometem a cicatrização e aumentam a colonização bacteriana. A pressão negativa contínua ou intermitente estimula a diminuição da ferida das bordas para o centro 6 . Ambos são usados como terapias a fim de auxiliar o tratamento da FN e atuam no processo de cicatrização e efeito antimicrobiano, além de possibilitarem uma recuperação mais rápida e diminuírem o tempo de internação.…”

“…O tratamento preconizado é o desbridamento cirúrgico precoce, extenso e repetido, com a remoção da fáscia (fasciotomia), tecido subcutâneo e demais tecidos necrosados, antibioticoterapia e medidas coadjuvantes 6 . A técnica cirúrgica depende da apresentação e evolução do quadro e do número de compartimentos a serem descomprimidos 3,7 .…”

Aplicação Da Pressão Negativa Para Tratamento De Lesões De Difícil Cicatrização: Uma Análise Sistemática

“…O uso do tratamento demonstrou abreviação do processo cicatricial, mostrando -se eficaz para a indicação, reduziu o tempo em UTI, a antibioticoterapia e número de procedimentos cirúrgicos de correção. (61) Deiscências são complicações que acometem sobretudo pacientes de cirurgia abdominal e o tratamento costuma ser conservador. No entanto, estudos têm demonstrado a eficácia da terapêutica neste contexto, mediante as complicações que esta situação pode apresentar, sobretudo quando há fatores de risco, tais como o tabagismo.…”

Aplicação do curativo a vácuo em feridas de difí­cil cicatrização

“…Um estudo realizado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) reforça a eficácia da aplicação desta nova técnica, por ter apresentado resultados excelentes no tratamento de feridas abertas com infecções graves, ferimentos extensos com danos aos tecidos e exposição de estruturas nobres, devido ao desenvolvimento de tecido de granulação, melhora da circulação local, possibilitando, assim, a execução de novo processo, ou seja, fechamento por segunda intenção, fechamento primário, enxertia ou cutânea [12].…”

“…Em 1997, durante o Congresso Americano de Curativos, foi apresentado outro conceito de curativo o Vacuum -Assisted Closure (VAC), utilizado pela primeira vez por Usopof e Epifanov na antiga União Soviética, em 1987, o qual pode ser definido como a aplicação de pressão negativa sobre a lesão, proporcionando a retirada do excesso de líquidos da ferida, o aumento da vascularização, a redução da colonização bacteriana com elevação da mitose celular e a produção dos fatores de crescimento [11,12]. Esta técnica pode ser utilizada em feridas na fase aguda, subaguda e/ou crônicas, limitando-se apenas às feridas que apresentam restos necróticos, tumores, osteomielite não tratada e fístulas comunicadas com órgãos e cavidades [11].…”