Objetivou-se analisar conhecimentos e práticas de formandos em Odontologia sobre educação em saúde requeridas ao Sistema Único de Saúde além de caracterizar o perfil sociodemográfico desses graduandos e identificar suas perspectivas de exercício profissional. Foi realizado estudo descritivo com amostra de 60 alunos da Universidade Federal de Pernambuco, do último período, em 2020. Utilizou-se questionário semiestruturado e de formato online na plataforma GoogleForms. Participaram 49 alunos (81,6%). A maioria deseja atuar como especialista (53,1%). Menos da metade (46,9%) afirmou conhecer os objetivos formativos do curso, mas 87,8% consideraram que os conteúdos de educação em saúde são mais desenvolvidos em disciplinas do eixo formativo 1 - saúde, formação humanística e social e no 3 - saúde e ciências odontológicas (65,3%). Predominaram o entendimento de educação em saúde relacionado à promoção e prevenção de doenças (57,1%) e como ato de transmitir/informar/orientar (46,9%), estratégias pedagógicas para ações/práticas educativas das disciplinas transmissivas (91,8%) e a preferência de utilização de recursos educativos para palestras (59,1%). Sobre os objetivos da educação em saúde, conscientizar as pessoas sobre a importância da saúde/bucal (93,9%) e capacitar para autonomia (73,5%) foram respostas prevalentes. A maioria, considerou como estratégias educativas voltadas à atenção básica à saúde as de autocuidado (71,4%,), instrução/prevenção de doenças bucais (65,3%) e baseadas na transdisciplinaridade (57,1%). Incorporar a educação em saúde no trabalho profissional foi considerada muito importante (89,8%). Conclui-se persistir entendimento de educação em saúde fortemente ligado ao conceito positivista de caráter transmissivo, mas compreensão ampliada de caráter participativo e popular formam observadas.