Uso da mistura de α e β-amirina como meio de conservação em reimplante dentário

Abstract

O objetivo do estudo foi avaliar o processo de reparo periodontal de dentes de ratos reimplantados conservados em solução de α e β-amirina a 10%. Foram utilizados incisivos superiores direitos de 36 ratos divididos em 3 grupos, os dentes foram extraídos e deixados em meio seco e no respectivo meio de conservação por 20 minutos e reimplantados. A divisão dos grupos foi de acordo com o meio de conservação utilizado: SO – soro fisiológico 0,9%; AMSC - solução de α e β-amirina a 10%, sem tratamento endodôntico; e AMCC - solução de α e β-amirina a 10%, com tratamento endodôntico. Após 60 dias foi realizada eutanásia por perfusão transcardíaca. Os cortes obtidos foram corados em Hematoxilina e Eosina e Picrosirius Red. Foi avaliada matriz extracelular e vasos sanguíneos, perfil nuclear, fibras colágenas, organização do ligamento periodontal, extensão e intensidade do processo inflamatório, reabsorção dentária e anquilose. O teste de Kruskal-Wallis foi utilizado para comparação entre grupos. Dentre as diferenças significativas, o terço apical da raiz no grupo AMCC obteve maior área de vasos sanguíneos em comparação a SO, menor área de fibras colágenas de birrefringência vermelha e maior de fibras verdes, ao contrário, AMSC apresentou maior área de fibras de birrefringência vermelha e menor de fibras verdes. As outras variáveis não apresentaram diferença entre os grupos. Conclui-se que a mistura de α e β-amirina em ambiente pré-clínico mostrou possuir potencial para utilização como meio de conservação em avulsão dentária.