O presente artigo discute a validade do conceito de endogeneidade, tal como apresentado previamente por Hubertus Tellenbach, na esquizofrenia. Inicialmente, as características inerentes ao fenômeno endógeno, tais como perda de ritmos, alteração da cinese vital e reversibilidade, serão revistas e analisadas dentro de uma perspectiva essencialista, cara à proposta fenomenológica. Em um segundo momento, tal essência endógena será colocada a prova no curso da esquizofrenia, em diálogo estreito com o conceito de estrutura psíquica. Finalmente, serão tecidas algumas considerações preliminares sobre a importância da incorporação de tal noção de endogeneidade nos estudos psicopatológicos da esquizofrenia.