Umedecimento do substrato na germinação e vigor de sementes de Albizia niopoides Benth.

Abstract

<p>A <em>Albizia niopoides</em> conhecida popularmente como angico branco é uma espécie florestal nativa de rápido crescimento, com elevado potencial para fins de reflorestamento. No entanto, existe pouca informação acerca de sua propagação seminífera. Dessa forma, objetivou-se avaliar o desempenho germinativo e vigor de sementes de <em>A. niopoides</em> sob diferentes volumes de água para umedecimento do substrato. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com quatro repetições de 25 sementes cada. As sementes foram semeadas em papel germitest (organizado em rolos) umedecido com volumes de água equivalentes a 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5 e 4,0 vezes o peso seco do substrato, sem adição posterior de água. A germinação ocorreu em câmara de germinação tipo B.O.D, regulada a temperatura de 25 °C e sob luz contínua. As variáveis analisadas foram: porcentagem de germinação, comprimento da parte área e raiz primária, massa seca da parte aérea e sistema radicular de plântulas. Constatou-se efeito decrescente nos valores de porcentagem de germinação, comprimento da raiz primária e massa seca do sistema radicular, a partir do umedecimento do substrato com o volume de água equivalente a 2,0 vezes o seu peso seco. Os volumes de água na faixa de 1,0 a 2,0 vezes a massa do papel, favorecem a germinação e o vigor das sementes de <em>A. niopoides</em>.<strong> </strong></p>

INFLUÊNCIA DA QUANTIDADE DE ÁGUA NO SUBSTRATO SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE PAU-PRETO (Cenostigma tocantinum DUCKE)

“…Em contraste, espécies como Piptadenia moniliformis (AZERÊDO et al, 2016) e Anadenanthera colubrina (DUARTE et al, 2018) a germinação foi comprometida em condições de baixo potencial hídrico, corroborando com os resultados deste estudo. Possivelmente, a ausência de saco plástico para embalar o rolo de papel facilitou evaporação da água para o ambiente externo, desidratando e comprometendo a máxima germinação das sementes de pau-preto, uma vez que tanto o excesso, quanto a deficiência de água são prejudiciais à germinação de sementes (OLIVEIRA-SILVA et al, 2017). Em situações de restrição hídrica a germinação é reduzida drasticamente (SANTOS et al, 2019).…”

“…Na literatura existem estudos que evidenciaram diferentes respostas da germinação de espécies florestais em relação aos diferentes níveis de água no substrato. Em Albizia niopoides, os melhores resultados de germinação foram em volumes de água menores, 1 a 2 vezes o peso do substrato (OLIVEIRA-SILVA et al, 2017), enquanto em Parkia plathycenphala as melhores respostas foram nos maiores volumes de água, sendo 2,0; 2,5; 3,0 e 3,5 vezes o peso do papel (GONÇALVES et al, 2015). Essas diferenças entre essas espécies e entre o paupreto revelam que há necessidade de mais pesquisas para outras essências florestais, pois o requerimento de volume de água para a germinação pode ser intrínseco de cada espécie.…”

“…Estudos com espécies arbóreas evidenciaram que a quantidade de água no substrato pode influenciar a germinação de espécies florestais, conforme reportado para braúna (Melanoxylon braúna) (FLORES et al, 2013); urucum (Bixa orellana) (SOUSA et al, 2015) e farinha-seca (Albizia niopoides) (OLIVEIRA-SILVA et al, 2017). Diante do exposto, o presente estudo objetivou avaliar a influência da quantidade de água no substrato sobre a germinação de sementes de Cenostigma tocantinum Ducke.…”

Curva de embebição e influência da água sobre a germinação de sementes de mogno (Swietenia macrophylla King.)

“…A umidade do substrato onde é realizada a semeadura é um dos fatores essenciais para desencadear o processo de germinação (Marcos Filho, 2015), uma vez que este requer um volume específico de água para iniciar, característica que varia conforme a espécie. Neste sentido, Silva et al (2017) observaram que volumes de água entre 1,0 e 2,0 vezes a massa do papel não hidratado foram favoráveis à germinação e ao vigor das sementes de Albizia niopoides. No entanto, Ribeiro et al (2023) sugerem que, para Schizolobium amazonicum, o ideal é 2,5 vezes a massa do substrato.…”