Uma "revolução" dos retirantes: a greve dos operários da Estrada de Ferro de Baturité na seca de 1888

Abstract

O texto discute os conflitos ocorridos durante a greve dos construtores da via férrea na cidade de Baturité em 1° de outubro de 1888, em um ano de seca. Modalidade de luta consagrada da classe operária, a greve inseria-se na trajetória dos trabalhadores engajados nas obras de socorros públicos, acionadas durante as secas como uma forma encontrada pelos retirantes para pressionar engenheiros e agentes do governo. Analisar a greve dos operários do prolongamento da Estrada de Ferro de Baturité na seca de 1888 no contexto de sua formação de classe é a principal intenção do presente artigo.

A critical organizational history of city margins in the Global South

“…The implementation of such social engineering practices materialized the knowledge and power reproduced through a process of social sanitation and construction of urban infrastructure. Prominent examples include the inauguration of the Fortaleza Iron Market with structures imported directly from the workshops of Guillot Pelletier in Paris ( Jornal A República , April 19, 1897); the José de Alencar Theater in 1910 with structures imported from Scotland, and inspired by eclectic architecture (Collection Portal Fortaleza Nobre, 2015); the Cine Majestic inaugurated on July 14, 1917, in the central square, and the arrival of the train and tram services, representing literally the tracks of “progress” in the city (Cândido, 2016). These innovations emerged amid the organization of various urban hygienist behavioral practices based on the “Municipal Posture Code” that dictated the: “correct way to behave in the city” ( Jornal A República , November 18, 1893).…”