Escrever uma tese já é, por si só, um desafio. A tarefa se mostrou ainda mais complicada diante da necessidade de lidar com as angústias e preocupações quanto ao futuro em um contexto marcado pelo agravamento das tensões políticas e sociais, pelas evidências cada vez mais contundentes das restrições ecológicas aos processos econômicos e, nos meses finais da escrita, pela crise sanitária desencadeada pela pandemia de COVID-19. Esse desafio não teria sido cumprido sem o apoio e a contribuição valiosa, direta e indireta, de amigos, colegas, familiares e instituições.Em primeiro lugar, agradeço ao Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, lugar em que fui tão bem acolhido durante os dois primeiros anos de doutoramento, quando morei em Barão Geraldo. No IE, abri os horizontes para o pensamento crítico, o que me ajudou a desnudar o "labirinto de espelhos", para usar uma expressão de Celso Furtado, que, muitas vezes, transforma a análise econômica ortodoxa em um "ilusionismo" perigoso para a sociedade ao priorizar a alocação via mercado em detrimento da distribuição justa e da sustentabilidade ambiental.
Sou especialmente grato aos meus orientadores, Bruno Martarello De Conti e PauloVan Noije, pelo tempo, atenção e por me concederem autonomia para discorrer sobre assuntos e questões que me instigavam. O professor Bruno, além de referência importante para o estudo, foi fundamental no processo de recorte da pesquisa e me colocou em contato com especialistas do Banco Central do Brasil. O professor Paulo foi muito mais do que um coorientador, tendo participado ativamente do desenvolvimento deste trabalho. A ambos, o meu sincero obrigado! Aproveito para agradecer também aos demais professores do IE pelas aulas e seminários que tive o privilégio de participar: