O aumento do número de grávidas com excesso de peso tem favorecido o aumento das taxas de gestação de alto risco, de forma que o estado nutricional pré-gestacional, associado ao ganho de peso gestacional, sejam indispensáveis para detecção precoce do risco nutricional e resultado obstétrico favorável. O objetivo do estudo foi avaliar o estado nutricional e o ganho de peso em gestantes de alto risco admitidas em hospital do Recife-PE. Como metodologia, o estudo é do tipo transversal, de natureza quantitativa, com gestantes de alto risco, com idade gestacional maior ou igual a 37 semanas, admitidas no Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Pernambuco, no período de março a setembro de 2022. Dados sociodemográficos, antropométricos e clínicos foram analisados. A classificação do índice de massa corporal pré-gestacional, seguiu o padrão do Institute of Medicine e o IMC atual, seguiu a classificação da curva de Atalah et al. Foram avaliadas 141 gestantes de alto risco, com idade média de 29,15 anos, sendo 43,3% entre 25 e 34 anos. As características sociodemográficas revelaram predominância de casadas/união estáveis, provenientes do interior do estado de PE, com ≥ 8 anos de estudos, inseridas no mercado de trabalho, autorreferidas não brancas. A principal comorbidade foi síndrome hipertensivas gestacional (p<0,001). O excesso de peso foi predominante no período pré-gestacional (79,4%) e gestacional (76,6%), o que não refletiu no GPG excessivo, ocorrendo de forma proporcional, entre adequado, insuficiente e excessivo. A amostra estudada evidenciou gestantes adultas, multigestas, com o IMC pré e gestacional predominante no excesso de peso.